Inquérito foi instaurado nesta segunda-feira (19) para início de investigação da Polícia Civil.

Pelo menos três pessoas que estavam registradas em uma mesma empresa de Dourados podem ter apresentado atestados médicos falsos para conseguir alguns dias de 'folga'.
Após registrado de boletim de ocorrência na semana passada na Depac (Delegacia de Pronto Atendimento Comunitário), mais duas médicas do sistema público municipal de saúde de Dourados procuraram a polícia para denúncias com relatos de mais casos.
Embora os nomes das médicas e unidades básicas de saúde sejam diferentes da primeira denúncia, os atestados falsificados foram apresentados no setor de Recursos Humanos da mesma padaria, envolvendo dois funcionários e um ex-funcionário.
Segundo o delegado de Polícia Civil do 1º Distrito Policial de Dourados, Demerval Neto, um inquérito foi instaurado na manhã desta segunda-feira (19), iniciando as investigações.
“As pessoas muitas vezes pensam que não existe consequência para este tipo de crime, mas está previsto pelo Código Penal”, disse ao Dourados News.
Os trabalhadores são acusados por crime tipificado como “uso de documento falso” e se condenados podem pegar de um até cinco anos de prisão, previsto no artigo 304 do Código Penal.
O delegado explica ainda que, como as investigações estão apenas no início, não são descartadas hipóteses como o envolvimento de pessoas que estariam, por exemplo, falsificando atestados para obtenção de lucros.
“Por enquanto não temos este tipo de suspeita, pois observamos que [os atestados] estavam mal falsificados, contendo inclusive diversos erros, como na classificação da suposta doença”, completou o delegado.
Primeira denúncia
Como noticiado pelo Dourados News na sexta-feira passada (16), médica de Bianca Gomes Pereira, 27 anos, que trabalha na Unidade Básica de Saúde Bianor Alves da Silva, a Seleta, Jardim Flórida I, teve três atestados apresentados em seu nome.
A suspeita, identificada como Natália, chegou a usar o número de registro profissional do CRM-MS (Conselho Regional de Medicina de Mato Grosso do Sul) da médica em três atestados falsos.
Desconfiada, a proprietária da padaria onde Natália estava vinculada levou os papeis até a Seleta para averiguar a procedência dos documentos.
Os funcionários do setor de recepção da unidade básica de saúde buscaram os registros das supostas consultas em sistema, o que comprovou que a funcionária havia inventado e feito uma colagem de outro documento para usar a assinatura da médica Bianca.
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