Operação aconteceu na segunda-feira e investiga uma família que traficava armas e munições de Mato Grosso do Sul para o Rio de Janeiro.

Foragida há três dias, suspeita de traficar armas é presa ao se apresentar
Viatura durante operação Desarme em Campo Grande. / Foto: Marina Pacheco

Foragida há três dias, S. O. A. T. se apresentou nesta quinta-feira (6) no Garras (Delegacia de Repressão de Roubo a Banco, Assalto e Sequestros). Desde segunda-feira (3) a operação da Desarme (Delegacia Especializada em Armas, Munições e Explosivos) da Polícia Civil do Rio de Janeiro, Suelen e mais dois suspeitos do Estado estavam foragidos.

A mulher é integrante da maior quadrilha de tráfico de munições em atuação no Rio de Janeiro e fazia parte da célula que operava em Mato Grosso do Sul. Ela se apresentou na delegacia nesta manhã e foi presa por causa do mandado de prisão.

A operação foi desencadeada na segunda-feira (3) com nove mandados de prisão e investiga quadrilha responsável por traficar armas e munições de MS para RJ.

Entre os presos estão: S. K. A., C. A. Q., R. D. A., V. E. A., M. T. de F. e S. O. A,. Continuam foragidos S. P. G. e C. L. de A.

Em cerca de um ano de investigação, equipes da Desarme (Delegacia Especializada em Armas, Munições e Explosivos) descobriram esquema para o envio de milhares de munições e centenas de armas de fogo do Mato Grosso do Sul para o Rio de Janeiro. A quadrilha, segundo a polícia, funcionava em dois núcleos.

No Rio de Janeiro, ficavam os responsáveis pela compra dos armamentos. Os suspeitos chegavam a viajar para a fronteira frequentemente para “organizar” o esquema. Na capital fluminense, vendiam o material para traficantes, milicianos e contraventores. Os carregamentos eram enviados ao Rio a cada 15 dias, com cerca a 6 a 11 mil munições.

Já o núcleo de Mato Grosso do Sul era o responsável pelo transporte das armas. Segundo o promotor Jorge Furquim, do Gaeco (Grupo de Atuação Especializada e Combate ao Crime Organizado), os envolvidos no esquema tinham pleno conhecimento das estradas da região e contato com pessoas especializadas na produção dos mocós - como são conhecidos os esconderijos feitos nos carros.

As investigações identificaram ainda que esse trabalho era feito por uma única família. “Dos que tiveram a prisão decretada, quatro são irmãos”, detalhou.

V. E. A. foi detido por policiais do Defron (Delegacia de Repressão aos Crimes de Fronteira) na cidade a 233 quilômetros da Capital.

Ele era alvo de mandado de prisão e também de busca e apreensão e, Bandeirantes, mas como trabalha em um circo foi encontrado na cidade de Dourados.

Em Campo Grande, M. T. de F., de 46 anos, foi preso no local em que trabalhava, no Bairro São Francisco, por policiais do Garras (Delegacia de Repressão de Roubos a Bancos, Assaltos e Sequestros) e da PRF (Polícia Rodoviária Federal). As equipes ainda realizaram buscas na casa dele, no Parque do Lageado.

De acordo com o promotor, Moacir foi apontado como o braço-direito de um dos líderes da quadrilha em Mato Grosso do Sul. Identificado como S. o homem foi preso durante as investigações do Desarme.