A polícia descobriu que o pai mentiu sobre o sumiço da mãe para a pequena.

Filha de Natalin
Natalin foi morta pelo marido e corpo ficou três dias em casa. / Foto: Reprodução/ Redes Sociais

Menina de quatro anos, ficou com o corpo da mãe, Natalin Nara Garcia de Freitas Maia, 22, por três dias, dentro da casa onde morava, no Oliveira, em Campo Grande. A vítima foi assassinada pelo pai, o 2º sargento da Aeronáutica, Tamerson Ribeiro Lima de Souza, 31 anos. 

Segundo a investigação e detalhes apurados junto da família da vítima, Maia teria sido morta pelo marido na sexta-feira (4). O corpo dela foi colocado no porta-malas do carro do militar, para ser desovado às margens da BR-060, somente no domingo (6).

Sendo assim, a filha do casal, ficou quase três dias na companhia da mãe morta por estrangulamento e pancadas no braço. 

No inquérito, consta que policiais perguntaram para a menina, se ela sabia onde a mãe estava. A criança respondeu que o pai disse que a mãe morreu e que ele a levou para o hospital. 

Farsa

Logo que a polícia foi até a casa de Tamerson, na tarde desta segunda-feira, a farsa dele foi revelada. Bastaram algumas perguntas para ele se mostrar nervoso e sinalizar que ele assassinou a esposa. 

O suspeito está preso nas dependências da Base Aérea de Campo Grande, em razão de ser militar. 

O caso

Tamerson vivia com Natalin desde 2018 e tinha uma filha, de quatro anos com ela. A investigação dá conta que ele a matou na sexta-feira (4) e colocou o corpo no porta-malas do carro. 

Já no domingo à tarde, o militar desovou o cadáver dela em uma propriedade rural, à beira da BR-060. O funcionário do local encontrou a vítima e acionou a polícia. 

O problema é que a vítima não foi identificada, pois não tinha documento algum. Horas depois de iniciada a investigação, a polícia foi até a casa dela, onde estavam marido e filha. 

Nas primeiras perguntas, o militar se mostrou nervoso e foi levado à Delegacia da Mulher, onde confessou o crime. Em um primeiro momento, a prisão dele em flagrante foi descartada, porque o crime foi na sexta-feira. No entanto, a prisão ocorreu em razão da ocultação do cadáver, que caracteriza a permanência do crime. 

O militar foi levado para a Base Aérea de Campo Grande. Nesta terça-feira (8), ele vai passar por audiência de custódia.