A bordo de kombi azul, Roger Reggiane e Felipe Sobral se aventuraram por viagem de dois meses

Fiel escudeira, ‘Kombosa’ rendeu viagem memorável a barbeiro e amigo de Campo Grande
A bordo de kombi azul, Roger Reggiane e Felipe Sobral se aventuraram por viagem de dois meses / Foto: Roger Reggiane e Felipe Sobral viajaram parte hBrasil a bordo da Kombosa. (Arquivo pessoal)

A bordo de uma kombi azul, o barbeiro Roger Reggiane já viveu inúmeras aventuras por diversas cidades do país. Há nove anos, o Jornal Midiamax contava a história do campo-grandense e sua inseparável ‘Kombosa’, que proporcionou uma inesquecível viagem ao barbeiro e quatro amigos no Festival de Inverno de Bonito de 2016.

Acontece que dois anos depois a fiel escudeira ‘Kombosa’ esteve novamente envolvida em uma memorável viagem. Roger e o amigo Felipe Sobral passaram quase dois meses na estrada. A jornada partiu de Campo Grande, passando pelo interior de São Paulo e litoral do Paraná, até o destino final: Santa Catarina.

Modificada para ser usada como um motor home, a Kombi caiu na estrada junto com os dois amigos e rendeu ótimas lembranças a eles. Afinal, segundo Roger, esse era o propósito inicial do veículo.

“Eu comprei ela no intuito de fazer essa viagem. Sempre foi a ideia de ter a Kombi para poder viajar, então consegui fazer toda a parte de estrutura, como o banco cama. Meus pais me ajudaram com um gerador a gasolina, então tínhamos uma energia também para poder utilizar as máquinas”, conta.

Kombi foi modificada para ser usada como motor home. (Arquivo pessoal)
Cortes de cabelo permitiram seguir viagem
Com aproximadamente R$ 3,5 mil guardados para viagem, os amigos precisaram conseguir uma fonte de renda extra, já que o montante inicial acabou com apenas 15 dias. A solução que encontraram veio do próprio ofício de Roger: cortar cabelos.

Os espaços escolhidos para os cortes eram, na sua maioria, lagoas ou mar. O valor cobrado dos clientes era simbólico, podendo ser R$ 20 reais ou outra forma de contribuição, como hospedagem, local para banho, uma tigela de açaí e até mesmo abraços.

“A gente aceitava tudo o que aparecia, pois precisávamos trabalhar para seguir o caminho. Cortamos cabelo de um salva-vidas na frente da praia, cortamos cabelo de argentino, de europeu, de uruguaio. Foi bem bacana”, lembra.

Barbeiros cortavam cabelos em lagoas e rios. (Arquivo pessoal)
A divulgação do trabalho era essencial, uma vez que estavam em cidades onde os moradores não os conheciam. Assim, a estratégia adotada foi anunciar os serviços em grupos locais de vendas nas redes sociais. A ideia deu muito certo, e logo quando chegavam nas cidades eram abordados pelas pessoas.

“Eu postava umas fotos falando que a gente era barbeiro viajante e dava um boom. Quando a gente chegava na cidade uma galera já estava sabendo e compartilhavam pros amigos. A gente teve bastante recepção de pessoas boas e eles nos fortaleciam muito. Às vezes era o sonho deles de querer fazer isso, mas não tinha possibilidade, então acabava que fortalecia a gente ali por tá fazendo esse rolê”, conta.

Perrengues na estrada não faltaram
Como todo veículo antigo, os perrengues na estrada são de praxe. Na maioria das vezes, os donos já estão, inclusive, cientes e acostumados com os imprevistos. Assim como em 2016, quando o veículo deixou a galera na mão durante a volta do Festival de Inverno, a ‘Kombosa’ protagonizou um episódio caótico em meio à viagem.

“A gente andou mais de 5 mil quilômetros com ela e o único problema que deu foi que caiu a roda um dia na rotatória da BR. Ainda bem que a gente não estava tão rápido, então conseguimos arrumar assim com facilidade”, conta o barbeiro.

Kombi deu problema na roda durante trajeto. (Arquivo pessoal)
Logo, Roger lembrou de mais uma situação que acabou sendo um imprevisto em determinado momento do trajeto. O câmbio da Kombi estragou após subirem a Serra do Rio do Rastro, uma das maiores serras do Brasil, localizada em Santa Catarina. Mas obtiveram ajuda para solucionar a questão.

“Em Maringá acabou estragando o engate das marchas, mas a gente encontrou um grupo de pessoas que têm carro antigo, e eles deram um suporte lá para a gente, acabou que ficou bem tranquilo, não tivemos gastos nem uma quebra na kombinha, ela foi muito guerreira”, relata.

Por onde passavam, Kombi conectava amigos a moradores e outros viajantes
O companheirismo de desconhecidos foi algo que marcou a viagem. Roger lembra que conheceu um casal de argentinos que viajavam também de kombi. A identificação surgiu de cara e proporcionou até mesmo um churrasco em grupo.

“A gente conheceu um casal de argentinos que estavam viajando de Kombi também, uma Kombi vermelha e branca. Eles falaram: ‘cara, passa a noite aqui com a gente, vamos fazer um churrasco’. Fizemos um churrasco na beira da praia, um churrasco argentino. Foi bem gostosa essa vivência”, conta.

Após guardar todas estas histórias, é impossível se desfazer da kombi, que virou uma amiga de quatro rodas. O veículo continua rendendo memórias a Roger até hoje e, pelo visto, essa amizade está longe de ser finalizada.

 
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