Feirantes apelam ao MPE para embargar obra da nova feira livre
Feirantes de Dourados querem embargar a obra da nova feira livre que está sendo construída em área da antiga Chácara Rigott

Os feirantes de Dourados querem embargar a obra da nova feira livre que está sendo construída em área da antiga Chácara Rigotti. Eles se reúnem hoje no Ministério Público Estadual para denunciar que a estrutura não oferece condições para o funcionamento e que portanto, não poderão se mudar para o novo endereço, como determina a Prefeitura de Dourados que quer inaugurar o espaço no próximo dia 26.

De acordo com Lindomar Lemos de Souza, membro da Associação dos Feirantes, existem graves problemas que impedem que os feirantes se instalem na estrutura recém construída. O primeiro deles é o número de boxes insuficientes e o tamanho reduzido dessas estruturas.

"Pelo que nos foi oferecido, parte do hortifruti, além de profissionais do ramo alimentício e armarinhos não teriam espaço na nova feira e por isso ficariam de fora até a conclusão das obras da segunda etapa. Nós nos reunimos e decidimos que ou vai todo mundo ou não vai ninguém. Não é justo ir só metade dos feirantes. Além disso o tamanho dos boxes não atendem a demanda dos feirantes", observa, destacando que também faltam pontos de água.

Ele destaca a falta de carga e desgarca de produtos o que obrigaria os hortifrutigranjeiros a andar vários metros com os produtos até chegar aos boxes. Outro problema apontado é que com tamanho mínimo das tendas disponibilizadas, não há espaço para guardar estoque de produtos. Os feirantes também apontaram a falta de banheiros. "A grande verdade é que os projetos foram sendo alterados e nós feirantes ficamos de fora das discussões. Por isso ocorreu o impasse", destaca.

No início da semana os feirantes se reuniram com representantes da Prefeitura de Dourados e segundo Lindomar, expuseram o posicionamento dos feirantes. "Fizemos um acordo de entregar um relatório contendo pedido de adequações mas já informamos que enquanto a feira não tiver espaço para todos, ninguém vai mudar e portanto continuaremos na Rua Cuiabá até que a estrutura atenda a todos", ressalta.
Estrutura

No mês passado, a Prefeitura de Dourados informou que estava concluindo a primeira etapa da nova estrutura e que a previsão era de inaugurá-la em novembro.

Nesta primeira fase foram confeccionados o piso para o setor de hortifrutigranjeiros, o piso para o setor de armarinhos (camelôs), os banheiros do setor de hortifrúti, o cercamento do bosque, parte do cercamento externo e instalações elétricas e hidráulicas. Nesta fase estão sendo empregados recursos de R$ 800 mil do Procon de Dourados.

Numa segunda etapa, será construída a praça de alimentação coberta, estacionamentos, entre outros que demandam recursos de R$ 2,5 milhões garantidos via emendas parlamentares. Nas duas etapas são 2.283,17 m² (metros quadrados) de área construída. As áreas cobertas são a praça de alimentação, com 2.043 m², o banheiro principal, com 146,39 m², o banheiro secundário, com 57,37 m², e a casa do transformador, com 36,38 m².

O piso para a área de hortifrufi terá 3.168 m², o para armarinhos e vestuários (camelôs) 3.472 m² e o piso de exposições e eventos 1.000 m². Estão previstos no projeto 120 boxes de 12 m² cada para hortifrúti e 224 boxes de 6 m² para o setor de armarinhos. Na praça de alimentação serão 24 boxes, com tamanhos variando entre 6,60 e 24 m². A obra prevê ainda colocação de 3.292 m² de grana na área interna e 1.828 m² na área externa. Serão 132 vagas de estacionamento para veículos, 32 para motos e 84 para bicicletas. A previsão é de que a conclusão das duas etapas da feira aconteça em junho de 2017.

A redação entrou em contato com a Assessoria de Comunicação da Prefeitura, que pediu para que a redação entrasse em contato com a secretária Secretaria Municipal de Desenvolvimento Econômico Sustentável, Elizabeth Salomão que não não retornou os contatos até o fechamento desta edição.