
O líder das Farc, Rodrigo Londoño Echeverri, conhecido como "Timochenko", afirmou neste domingo em Havana que essa organização mantém "sua vontade de paz" "e sua disposição de usar somente a palavra como arma de construção em direção ao futuro".
"As Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia lamentam profundamente que o poder destrutivo dos que semeiam ódio e rancor tenha influenciado na opinião da população colombiana", disse "Timochenko" em sua primeira declaração após a vitória do "não" no referendo sobre o acordo de paz na Colômbia.
A guerrilha deve, após esta primeira reflexão, realizar uma reunião para "analisar com calma todos os detalhes" do resultado da consulta popular.
"Com o resultado de hoje, sabemos que nosso desafio como movimento político é ainda maior e nos requer mais fortes para construir a paz estável e duradoura", destacou Timochenko.
"Ao povo colombiano que sonha com a paz, que conte conosco. A paz triunfará", completou o líder guerrilheiro.
Durante sua declaração, o chefe das Farc esteve acompanhado por todos os membros da comissão negociadora que representou a guerrilha colombiana nos diálogos de paz de Havana durante os quase quatro anos que duraram as conversas que culminaram no acordo de paz assinado no dia 26 de setembro.
Ao longo de todo o processo, os integrantes da insurgência residiram em Havana, capital na qual permanecem até o momento e de onde acompanharam neste domingo o desenvolvimento do referendo.
"Timochenko", o chefe negociador das Farc, Luciano Marín conhecido como "Ivan Marquez", e o resto da delegação das Farc se mostraram visivelmente decepcionados pelo resultado da consulta, na qual o "não" ao acordo de paz venceu com 50,22%, segundo dados oficiais com quase 100% das urnas apuradas.
Olá, deixe seu comentário!Logar-se!