Operação envolve PF, MPF e Receita Federal

Família de Campo Grande e Ribas é investigada por contrabando que faturou R$ 290 milhões
Operação envolve PF, MPF e Receita Federal / Foto: Operação na manhã desta sexta-feira (Divulgação, PF)

Uma família do ramo de eletrônicos, de Campo Grande e Ribas do Rio Pardo, é investigada por contrabando e emissão de notas frias. Os empresários, que vendiam celulares de alto valor, movimentaram cerca de R$ 290 milhões nos últimos cinco anos, entretanto, apenas R$ 18 milhões em notas fiscais foram identificados.

Segundo a Receita Federal, a Operação Ligação Familiar identificou o grupo, que reúne amigos e familiares, atuando na comercialização de mercadorias de procedência estrangeira introduzidas irregularmente em território nacional, principalmente de celulares de alto valor.

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Logo, a investigação constatou que os empresários teriam aberto empresas “com o propósito principal de conferir aparência de legalidade a atividades ilícitas, em especial à comercialização de mercadorias de procedência estrangeira introduzidas irregularmente no país”, descreve a nota.

A Receita ainda indica que entre as principais características observadas nas empresas, destaca-se a emissão de notas frias que teriam sido utilizadas com o objetivo de acobertar a comercialização e o transporte de mercadorias descaminhadas, seja por transportadoras, seja por meio dos Correios.

Itens de alto valor encontrados no endereço (Divulgação, PF)
Notas frias
No período de janeiro de 2020 a abril de 2025, essas empresas emitiram mais de R$ 18 milhões em notas fiscais de vendas e, de acordo com a análise bancária, realizaram movimentações financeiras que totalizam cerca de R$ 290 milhões. Nos endereços investigados, a equipe encontrou joias e relógios de alto valor.

“As informações fiscais dos sócios dessas empresas apontam indícios de movimentação financeira incompatível, ocultação de renda e patrimônio, enriquecimento ilícito, além de outros indícios de fraudes tributárias”.

Estão sendo cumpridos 10 mandados de busca e apreensão em Mato Grosso do Sul. Os responsáveis poderão responder pelos crimes de descaminho e de lavagem de dinheiro, envolvendo a participação de 14 Auditores-Fiscais da Receita Federal e 29 Analistas-Tributários da Receita Federal e 29 policiais federais.