Segundo o titular da SES, está sendo feito um levantamento dos remédios que estão em falta no Estado.

Falta de medicamentos ainda não atinge estoque de MS, diz secretário
Para o secretário estadual de saúde, Geraldo Resende, a crise de medicamentos de alta complexidade é reflexo da transição do governo. / Foto: Arquivo/ Agência Câmara

A falta de medicamentos que atinge o País ainda não é problema em Mato Grosso do Sul, garante o secretário estadual de saúde, Geraldo Resende. Apesar de não ter uma relação dos medicamentos em falta, o titular da pasta aponta que a situação no Estado não se compara com a crise de outros estados.

O secretário ainda afirma que a pasta está trabalhando em um levantamento dos medicamentos em falta e organizando plano de contingenciamento. A lista deve ser divulgada em breve, segundo ele.

Para Resende, a crise na compra e distribuição dos medicamentos é reflexo da transição do governo. “Não houve um planejamento na transição do Ministério da Saúde. A gestão anterior não fez um planejamento adequado para este ano e agora estamos passando por essa crise”, aponta.

O secretário municipal de saúde, José Mauro Pinto de Castro Filho, destaca que não é possível mensurar o reflexo da crise em Campo Grande já que a distribuição dos medicamentos é feita pelo Ministério da Saúde para os estados. “Toda demanda de Campo Grande é feita na Casa da Saúde, que é gerida pelo Estado”, detalha.

Crise - Atraso na licitação, na compra e entraves judiciais provocam a maior crise na compra de medicamentos de alta complexidade dos últimos anos no Ministério da Saúde. Com estoque zerado, 25 medicamentos não são repassados aos estados. Além dos 25 remédios para tratamento de câncer, para auxiliar na receptividade de órgãos transplantados e doenças crônicas, outros 18 devem acabar em menos de 30 dias, segundo alerta do Conass (Conselho Nacional de Secretários de Saúde).

Em Mato Grosso do Sul, o destaque é para falta de cinco medicamentos na Casa da Saúde. Um medicamento para tratar artrite reumatoide, três para hepatite B e um para esclerose múltipla. Segundo a SES (Secretaria Estadual de Saúde) o problema pode se agravar no estado. “Se não houver a entrega do Ministério da Saúde, outros medicamentos podem vir a faltar”, disse em nota enviada ao Campo Grande News na última semana.