Ex-vereador indiciado por exploração sexual consegue liberdade
Robson Martins foi solto no início da noite desta quinta-feira (28). / Foto: Jeferson Ageitos/ TV Morena

O TJ/MS (Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul) concedeu no final da tarde desta quinta-feira, dia 28 de maio, liberdade provisória ao ex-vereador Robson Martins, que foi solto no início da noite. Ele estava preso no Centro de Triagem Anísio Lima, em Campo Grande.

O advogado de defesa, José Roberto Rodrigues da Rosa, informou ao portal G1 que dos três votos, dois foram favoráveis ao pedido de Habeas Corpus. De acordo com defesa, o primeiro voto foi contra o pedido de revogação de prisão e o pedido de prisão domiciliar de Martins.

O segundo votou a favor da prisão domiciliar e o último voto foi a favor da liberdade do ex-vereador. “Como se trata de Habeas Corpus, e teve dois votos favoráveis ao réu, o que prevalece é o voto mais favorável, no caso a liberdade”, informou o advogado.

Robson Martins foi preso em flagrante com o empresário Luciano Pageu no dia 16 de abril quando entregavam dinheiro a Bueno. Fabiano Otero, considerado o cabeça do suposto esquema foi preso na casa da mãe no dia 26 do mesmo mês. Eles foram indiciados por extorsão.

Otero, os ex-vereadores Alceu Bueno (PSL) – renunciou ao mandato no dia 28 de abril - e Martins, o ex-deputado estadual Sérgio Assis e Pageu foram indiciados por exploração sexual de adolescentes.

Conforme o Ministério Público Estadual (MP-MS), foram constatados indícios dos crimes de exploração sexual, extorsão, corrupção de menores, tráfico de menor de idade para fins de exploração sexual, posse de material pornográfico de adolescentes, prática de sexo com menor em relação de prostituição e associação criminosa com participação de menores.

As investigações complementares estão sendo realizadas pelo MP-MS, Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado (Gaeco) e Polícia Civil.
O caso

O delegado Paulo Sérgio Lauretto, Delegacia Especializada de Proteção à Criança e ao Adolescente (Depca), que investiga o caso, disse que depois de encontrar com as meninas em locais públicos, os políticos seguiam com elas para motéis. As meninas gravavam os encontros em câmeras escondidas em chaveiros.

Segundo o delegado, Otero revelou ainda em depoimento que ele e Pageu teriam criado um perfil 'fake' no Facebook, com fotos sensuais de uma das adolescentes. Políticos então teriam começado a enviar convites de amizade e a manter contato.

A polícia começou a investigar a exploração sexual no início de abril, após denúncia feita pela mãe de uma das meninas, moradora em Coxim, distante 257 quilômetros de Campo Grande. Depois, foi Bueno quem contou aos policiais que estava sendo vítima de extorsão.