Estudo revela que ser humano é biologicamente programado para ser preguiçoso
Mesmo quando as pessoas optam por se exercitar, seus cérebros estarão trabalhando para que isso seja feito da maneira mais eficiente e com o menor gasto de energia possível / Foto: Thinkstock/VEJA

Quando você tem um tempo livre, prefere malhar ou assistir um filme? Se preferiu a segunda opção, seu comportamento está dentro do esperado. Um novo estudo realizado por pesquisadores da Universidade Simon Fraser, no Canadá, mostrou que os seres humanos são biologicamente "programados" para a preguiça.

A pesquisa, publicada recentemente no periódico científico Current Biology, mostrou que mesmo quando optamos por nos mover, nosso corpo faz isso da maneira mais econômica possível. Isso pode ter um impacto negativo entre as pessoas que estão tentando perder peso.

Durante o estudo, os pesquisadores pediram que nove voluntários andassem em uma esteira enquanto usavam um aparelho ortopédico que dificultava o ato de caminhar. Em apenas alguns minutos os pesquisadores perceberam que todos os voluntários haviam modificado seu modo habitual de caminhar para um que usava menos energia e, consequentemente, queimando menos calorias.

"O sistema nervoso é capaz de fazer essa otimização de energia de forma subconsciente. E esta é a primeira forte evidência de que o sistema nervoso seja realmente capaz de fazer isso", disse Max Donelan, coautor do estudo.

De acordo com os autores, os resultados sugerem que, mesmo quando as pessoas optam por se exercitar, seus cérebros estão trabalhando para que isso seja feito da maneira mais eficiente e com o menor gasto de energia possível.