Menino teve braço quebrado, hematomas na perna e cortes na cabeça e no olho. Proprietário da entidade, PM da reserva nega acusação.

Estudante diz que foi agredido por dono de abrigo
Menino sofreu cortes na cabeça e no rosto, em Valparaíso de Goiás / Foto: Reprodução/ TV Anhanguera

Um estudante de 13 anos denuncia que foi agredido pelo proprietário do Instituto Anjos de Rua, que resgata crianças e adolescentes em Valparaíso de Goiás, no Entorno do Distrito Federal. Ele está com o braço esquerdo quebrado, hematomas na perna, nove pontos na cabeça e cinco, no olho direito por causa de cortes. O dono da entidade, o policial militar da reserva Laudimar Rodrigues, nega a acusação.

De acordo com o adolescente, o instrutor o agrediu na terça-feira (18) após descobrir que ele estava faltando aula para ficar nas ruas. “Eu acordei apanhando. Aí ele me mandou correr para o banheiro para eu banhar por causa que eu estava sangrando. Aí eu banhei, ele saiu. Eu saí e fui atrás dos meus amigos”, relatou à TV Anhanguera.

Já o proprietário do abrigo alega ao G1 que não houve agressão no instituto. Segundo Laudimar, ele não vê o adolescente desde segunda-feira (17), pois quando chegou ao local, na manhã seguinte, ele já havia saído para a escola.

“Ficamos sabendo através das redes sociais que ele estava no Conselho Tutelar que foi agredido dentro do instituto. Fiquei apavorado. Vamos aguardar os fatos serem apurados. Tenho certeza que serão apurados com clareza e se fará Justiça que é nela que a gente confia”, alegou ao G1.
 
Segundo Laudimar, na segunda-feira, durante visita à escola em que o adolescente estava matriculado, a direção o informou que o aluno não estava indo às aulas. Assim, o instrutor conversou com o menino e cobrou que ele estudasse. Porém, não o agrediu.

"Ele estava na rua e o abriguei porque os parentes não dão conta de cuidar dele. Por que eu ia agredi-lo? Qual o motivo que eu teria para isso?", questiona Laudimar.

Como o menino é órfão, ele está com a avó. A mulher espera que não ocorram novas agressões no instituto. “Eu não quero nada, não vou pedir nada. Eu só quero que a verdade prevaleça para que não aconteça com outros”, disse.

A Polícia Civil informou à TV Anhanguera que vai investigar a denúncia.