Pobre Loco’ chegou a ser levado para a delegacia do Garras, mas foi liberado na sequência

‘Estão perseguindo ele’: internautas defendem ‘Pobre Loco’, alvo de operação contra falsificação de anabolizantes
Pobre Loco’ chegou a ser levado para a delegacia do Garras, mas foi liberado na sequência / Foto: (Reprodução)

Internautas saíram em defesa do influenciador ‘Pobre Loco’, alvo de uma megaoperação na manhã desta terça-feira (5), que investiga uma empresa responsável pela comercialização de anabolizantes e remédios emagrecedores falsificados. Os policiais fingiram ser clientes da marca durante as investigações.

As apurações apontam que a quadrilha produzia e comercializava medicamentos sem autorização da Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária), por meio de uma empresa clandestina. Os produtos eram vendidos diretamente a pessoas físicas, sem exigência de receita médica.

Nas redes sociais, várias pessoas saíram em defesa do influenciador. “O ‘cara’ não deve nada para ninguém e estão perseguindo ele. E tem um perfil fake nos comentários hateando… devo imaginar que seja o jefão haha”, escreveu um rapaz.

“Mais um cidadão de bem!”; “Caraca, que perseguição com o ‘cara’, de novo?! Força!”; “Estão perseguindo a pessoa errada…”; “A verdade te absolve e a tua força te sustenta. Segue firme. ‘Marcha’, pai!”, escreveram outros internautas.

Outro comentário em uma das publicações do Jornal Midiamax ressaltou que o ‘Pobre Loco’ é apenas patrocinado pela marca. “O ‘cara’ é patrocinado pela marca, somente. Por ter ligação com a empresa paulista que é alvo de investigação, ele teve o nome citado. Muito conhecido no ‘meio maromba'”, escreveu um homem.

Policiais fingiram ser clientes
Diante da constatação, uma equipe do 1º Cerco (Central Especializada de Repressão ao Crime Organizado) acompanhou as atividades criminosas por mais de um ano. Houve quebra de sigilo das redes sociais e da conta bancária da empresa.

Além disso, os policiais chegaram a encomendar produtos da suposta empresa, que realizava as vendas de forma ilegal pela internet. Assim, eles se passaram por clientes e realizaram os pedidos. Após isso, conseguiram ter acesso aos medicamentos que estavam sendo vendidos.

Por fim, a polícia cumpriu os mandados no Rio de Janeiro, Paraná, Bahia, Mato Grosso, Amazonas, Espírito Santo, Pernambuco, Paraíba, Alagoas, Santa Catarina e Mato Grosso do Sul.

Os produtos comercializados eram todos falsificados (Reprodução, Governo de São Paulo)
‘Pobre Loco’ alvo em Campo Grande
O influenciador famoso de Campo Grande, com mais de 1 milhão e 700 mil seguidores no Instagram, foi alvo da operação. Na casa do influenciador, os policiais cumpriram mandado de busca e apreensão e, assim, apreenderam eletrônicos.

‘Pobre Loco’ chegou a ser levado para a delegacia do Garras (Delegacia de Repressão a Roubos a Banco, Assaltos e Sequestros), mas foi liberado, segundo a polícia.

Na internet, o influenciador mostra rotinas na academia e a ‘ajuda’ pessoas que querem emagrecer. Ele é dono de lojas de suplementos alimentares em Campo Grande. Ao todo, foram 85 mandados de busca e apreensão e 35 de prisão, em São Paulo e em outros 11 estados do país, entre eles, Mato Grosso do Sul.

Ao Jornal Midiamax, o advogado do influenciador informou que na residência do ‘Pobre Loco’ nenhum produto da marca foi encontro. Mas como o alvo é fisiculturista, tinha receitas para medicamentos que estava em sua residência.

Maikol Weber ainda falou que outros influenciadores que faziam propaganda para a marca foram alvos.

Foram apreendidos eletrônicos na casa do influenciador. (Reprodução)
Lucro de R$ 25 milhões
As investigações, iniciadas há cerca de um ano por agentes da 1ª Central Especializada de Repressão ao Crime Organizado (Cerco), apontam que os suspeitos movimentaram R$ 25 milhões com a atividade ilegal nos últimos cinco anos.

“As equipes se deslocaram às 6h, depois de uma reunião de alinhamento, para dar início aos mandados de busca e de prisões temporárias”, afirmou o delegado Ronald Quene, coordenador da operação.

Em São Paulo, estão sendo cumpridos 57 mandados em cidades como a capital, Guarulhos, Mogi das Cruzes, Cotia, São Caetano do Sul, São José dos Campos, Jacareí, Campinas, Jundiaí, Louveira, Sumaré e São José do Rio Preto, com apoio de todos os departamentos de Polícia Judiciária da região.