O desabafo é pelo fato do técnico de enfermagem, suspeito de cometer estupro contra a paciente, ainda estar trabalhando no local.

‘Estão esperando ele fazer mais vítimas? ‘, diz mãe de paciente estuprada no Hospital Regional

“Estão esperando ele fazer mais vítimas? Tinha que ser afastado, ele tem conhecimento médico, pode fazer e não deixar rastro. Falta de respeito com o ser humano e com o quadro de funcionários do hospital”, diz a acadêmica de direito de 56 anos, mãe da paciente de 36, estuprada no Hospital Regional em Campo Grande.

O desabafo é pelo fato do técnico de enfermagem, suspeito de cometer estupro contra a paciente, ainda estar trabalhando no local. Ele que foi retirado do setor onde trabalhava e responde ao inquérito policial e administrativo do hospital.

“Tentei me jogar da cama e fazer barulho [para chamar a atenção]. Estávamos no sétimo andar e tinha grade na janela, mas a vontade que tinha era de me jogar de lá, para que ele não continuasse. Tive medo de que subisse em mim. A senhora que estava na cama do lado estava apagada [por isso não ouviu]”, relata a vítima sobre os abusos sofrido.

Alegando que iria passar um óleo pelo corpo dela, sob a justificativa de que iria melhorar a respiração e evitar lesões, o homem a violentou. Primeiro, espalhou a substância pelas costas dela e em seguida começou a tocá-la nas partes íntimas. Mesmo sem forças, ela reagiu e se debateu. Porém, a paciente entrou em colapso, momento em que chegou uma enfermeira ao quarto. A mãe conta que a enfermeira que havia acabado de entrar no quarto, não teria percebido que a paciente tinha sido abusada.

Ela recebeu atendimento e, posteriormente, após ser medicada, conseguiu contato telefônico com a mãe pouco antes do início da manhã do mesmo dia. A mãe relata que foi imediatamente ao Hospital Regional e, no mesmo dia, procurou a polícia para registrar o boletim de ocorrência. A paciente foi transferida para outro quarto, em andar diferente do hospital, onde recebeu alta no último dia 9.

O suspeito foi indiciado e irá responder pelo crime em liberdade. O Hospital Regional informou que abriu uma sindicância para apurar os fatos. “Momento difícil, minha filha tem mais sono normal, tem que tomar medicamentos”, diz a mãe.