Familiares da aposentada Maria de Lourdes Silva, de 88 anos, que sofre de Alzheimer, continuam a espera do medicamento Exelon Patch 10, usado no tratamento de distúrbios de memória em pacientes com a doença. Conforme as informações, a SES (Secretaria de Estado de Saúde) não cumpriu o prazo para fornecimento do remédio que nas farmácias de Campo Grande é vendido a R$ 432,25.
De acordo com a filha da paciente, que preferiu não se identificar, o problema ocorre há mais de três meses. Nesse tempo a família entrou com uma ação e conseguiu na Justiça, que a Prefeitura disponibilizasse o medicamento, no entanto, ela teme que o Município não tenha condições de manter o fornecimento.
“Eles estão nos fazendo um favor. Não sei até quando vão fornecer os adesivos e o estado de saúde da minha mãe é bastante avançado. Ela não pode ficar sem os adesivos e nós não temos condições de comprar. Temos muitos outros gastos. Este é o único medicamento que pegamos na sáude público, os outros nós compramos”, afirma.
Segundo as informações, a família procurou a Casa da Saúde, localizada na Avenida Afonso Pena, na região central da Capital, mas foi informada de que ainda não há previsão para que o medicamento seja disponibilizado. “Eles dizem apenas que não tem previsão. Não sabemos o que fazer. O governo está sendo negligente com a saúde”, frisa.
A equipe de reportagem do Jornal Midiamax encaminhou e-mail para a assessoria de comunicação do Estado, mas até o fechamento deste texto não obteve resposta.
O caso já havia sido noticiado em agosto deste ano, na ocasião, a assessoria de comunicação do Estado admitiu a falta do medicamento e alegou problemas com o fornecedor, que não teria participado do processo licitatório, no entanto, garantiu que o problema seria solucionado em 20 dias, o que não ocorreu.
Ainda de acordo com a justificativa, no Brasil, apenas um laboratório produz o medicamento o que dificulta ainda mais a sua aquisição.
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