MonitoraCovid-19 aponta que internações e casos de UTI atinge população que não completou o esquema de vacinação.

Epidemia de não vacinados é motivo de lotação em UTIs, diz Fiocruz
MonitoraCovid-19 aponta que internações e casos de UTI atinge população que não completou o esquema de vacinação. / Foto: Reprodução

Segundo dados divulgados pelo Boletim MonitoraCovid-19 da Fiocruz, nesta terça (15), enfrentamos uma epidemia de não vacinados que lotam hospitais e sufocam os serviços de saúde e leitos de Unidades de Terapia Intensiva (UTI).  

Apenas em janeiro, quase todas as unidades da federação tiveram picos de internação semelhantes aos provocados pelas primeiras cepas do novo coronavírus, em 2020. Assim como os picos provocados pelas variantes Delta e Gama, durante o ano de 2021.  

O Boletim informa, também, que houve no período de janeiro um expressivo volume de óbitos ocorridos em hospitais fora das UTIs.  

Em Mato Grosso do Sul e outros 11 estados, observou-se que, apesar do pequeno volume total de óbitos, houve um volume expressivo de óbitos hospitalares fora de UTIs, devido à variante Ômicron e número de não vacinados.  

Conforme informações do Boletim, “a baixa vacinação facilita a circulação e surgimento de novas variantes e a instalação destas novas variantes provoca maior mortalidade e internações na população, sobretudo na parcela não vacinada'.  

Sobretudo, a lotação dos hospitais, em razão do tratamento dos não vacinados, faz com que os serviços de saúde fiquem sufocados e impossibilitados de realizar atendimentos a outros problemas de saúde que continuam acontecendo.  

O relatório ressalta, ainda, a importância de que se busque a vacinação para evitar a circulação de forma acelerada do vírus, dificultar o surgimento de novas variantes e aliviar a demanda por atendimento especializado em saúde, sobretudo dos não vacinados.

Vacinação em Mato Grosso do Sul  
Até a data de hoje, o percentual da população do MS com esquema vacinal completo é de 74.62%. Ao todo, foram aplicadas 5.230.290 de vacinas contra Covid-19.  

Apesar do índice de vacinação completa parecer alto, é importante destacar que os 25,38% sem o esquema vacinal completo são responsáveis pelo surgimento e aumento de novas variantes da Covid.  

Histórico
No dia 14 de janeiro de 2022, Mato Grosso do Sul teve o primeiro caso confirmado da variante Ômicron.

Antes da confirmação da variante no Estado, o secretário de Estado de Saúde, Geraldo Resende, havia falado sobre a probabilidade da Ômicron já ser predominante em Mato Grosso do Sul.