Filiação de ex-tucano marcada para dia do resultado do julgamento de Bolsonaro pegou mal na direita em MS
O deputado estadual João Henrique Catan (PL) afirmou que o evento de filiação do ex-governador Reinaldo Azambuja (PSDB) ao Partido Liberal em 12 de setembro, em Campo Grande, último dia do julgamento do ex-presidente Jair Bolsonaro tem dois objetivos: enterra a candidatura em 2026 do Bolsonaro e a direita ter candidato próprio ao Governo de Mato Grosso do Sul.
Catan sempre se posicionou contra o governo de Reinaldo e agora, o tucano vai para o PL como pré-candidato ao Senado Federal e será presidente estadual da legenda.
O parlamentar criticou ainda o dia marcado para o evento. “Eu acho que quem marcou isso demonstra uma total falta de identidade e sintonia com o partido. E eu entendo quem está sendo filiado que queira ser visto com festividade, é natural e tudo, mas isso demonstra uma falta de liga, de identidade, de sintonia com o partido”.
João Henrique falou ainda que qualquer pessoa que seja de direita ou filiada nesse dia, já sabe, há pelo menos alguns meses, do julgamento do ex-presidente. “E veja, com o objetivo de enterrar duas candidaturas, uma, a do presidente Bolsonaro, o objetivo do STF é nesse dia enterrar a candidatura ou dificultar e o objetivo é enterrar a candidatura da direita ao governo do estado com essa amarração que está sendo feita”.
O PL deve apoiar a candidatura para reeleição de Eduardo Riedel (PP).
O deputado ainda criticou as filiações em 12 de setembro. “Outros líderes que estão vindo, outras candidaturas, deputados, prefeitos do interior, pessoas que estão migrando para o PL, ao se filiarem nessa data, estão em sintonia com o projeto de não deixar a direita ter candidato aqui”.
Por fim, Catan acha que podem cancelar o evento. “Alguma cabeça pensante vai cancelar esse evento. Eu acredito que quem solicitou a agenda e marcou, imaginou que não ia coincidir, que não ia cair nesse dia”.
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