Magistério e administrativos de escolas municipais de Dourados estão parados desde o dia 14.

Em greve há 10 dias, professores indígenas bloqueiam MS-156
Professores indígenas durante bloqueio de pista da MS-156, hoje em Dourados. / Foto: Cido Costa

Professores e técnicos administrativos de escolas da Reserva Indígena de Dourados bloquearam parcialmente a MS-156 nesta quinta-feira (24). O ato faz parte da mobilização dos servidores da Rede Municipal de Ensino, em greve há dez dias.

A categoria reivindica reajuste de 33,24% do piso nacional do magistério, autorizado neste ano pelo Ministério da Educação, e 10,6% de reposição da inflação do ano passado para os administrativos.

Principal acesso de Dourados a Itaporã, a Maracaju e à região sudoeste de Mato Grosso do Sul, a rodovia foi interditada na rotatória da Aldeia Jaguapiru, no sentido Itaporã-Dourados. O tráfego é liberado a cada meia hora. O outro lado da estrada não foi bloqueado ainda.

Ontem, o prefeito Alan Guedes (PP) voltou a se reunir com representantes dos grevistas e manteve a proposta de pagar o reajuste em três parcelas.

Ele também assumiu compromisso de mandar projeto para a Câmara de Vereadores em maio para implantar o piso nacional para 20 horas semanais de forma escalonada, até 2024. Entretanto, as propostas foram rejeitadas em assembleia e a greve continua. Dourados tem pelo menos quatro mil educadores. São 32 mil alunos matriculados em 45 escolas e 39 centros de educação infantil.

A greve na educação de Dourados foi considerada ilegal em decisão provisória do Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul, que estipulou multa diária de R$ 50 mil para cada dia sem aula. O sindicato dos trabalhadores em educação recorreu alegando que a liminar fere o direito de greve.