Ao receber o governador no palco, Trump referiu-se a ele como “um grande homem” e “um herói”, elogiando sua postura enérgica contra o crime.
Em um discurso que chamou a atenção pelo recorte político direcionado ao Brasil, o ex-presidente dos Estados Unidos Donald Trump promoveu o governador do Rio de Janeiro, Claudio Castro (PL), e ignorou completamente as figuras do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes. O evento, realizado para simpatizantes na Flórida, contou com a presença de Castro e de outros líderes internacionais alinhados a Trump.
Ao receber o governador no palco, Trump referiu-se a ele como “um grande homem” e “um herói”, elogiando sua postura enérgica contra o crime. “Temos aqui o governador Claudio Castro, que está fazendo um trabalho incrível combatendo o crime e a violência. Ele é um herói, um grande homem”, declarou Trump para a plateia.
A estratégia de destacar Castro, único brasileiro mencionado, é vista como um claro movimento de alinhamento com um político de seu espectro ideológico, enquanto se omite deliberadamente o governo federal. Lula, que já teve um relacionamento contencioso com Trump durante seu primeiro mandato nos EUA, não foi citado. Da mesma forma, o nome do ministro Alexandre de Moraes, alvo constante de críticas da base bolsonarista e uma figura central na defesa da democracia brasileira, foi deixado de fora do discurso.
A cena reforça a polarização política que atravessa o Brasil, com Trump escolhendo publicamente seu lado. Ao elevar a figura de Castro, ele endossa a narrativa da “guerra contra o crime” e sinaliza apoio à direita brasileira, ignorando as instituições federais e o Judiciário. O gesto é lido como um endosso tácito à oposição bolsonarista e um recado claro de suas preferências no cenário político brasileiro.
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