Médica ressalta importância da conversa com a família sobre a doação de órgãos.

Em 4 meses, Santa Casa alcança metade do número de transplantes de 2023
Em 4 meses Santa Casa alcança metade do número de transplantes de 2023. / Foto: Foto ilustrativa - Santa Casa CG

De janeiro a abril deste ano, a Santa Casa de Campo Grande realizou 13 transplantes. O número representa quase metade do total realizado em 2023, quando 28 órgãos foram doados e transplantados. 

“A espera foi muito longa. Eu não acreditava mais nesse transplante. Já tinha perdido a esperança. Minha esposa sempre orava. Eu mesmo já não tinha a fé que ela tinha. Fui pego de surpresa quando me ligaram; foi uma alegria muito grande. Eu estava numa chácara e ninguém conseguia me encontrar”.

O relato é de Moisés Queiroz Vida, de 48 anos, o último paciente a receber um transplante de rim no mês de abril. Ele era mais um nome em uma extensa fila com cerca de 200 pessoas que aguardam por um órgão. Após cinco anos de espera, o telefonema veio e, junto, a esperança de uma vida melhor.


Segundo informações divulgadas no site da Santa Casa de Campo Grande, no Brasil, o transplante de rim representa cerca de 70% do total de transplantes de órgãos, sendo o país o quarto maior transplantador de rim do mundo. 

Conforme a médica responsável pelos transplantes da Santa Casa, Dra. Rafaela Campanholo, o mês de abril bateu recorde no número de doações. 

Ao todo, quatro órgãos foram transplantados apenas no mês passado. “Em 2023, foram contabilizados 28 procedimentos. A expectativa é que até o final do ano sejam realizados de 35 a 40 transplantes de rim. Cada paciente pode contemplar dois receptores. Nem sempre conseguimos ficar com os dois rins. Mas estamos entrando no quinto mês do ano com um número bom de transplantes realizados”, explica a médica.

Fundamentais para o funcionamento do corpo, os rins filtram o sangue e auxiliam na eliminação de toxinas do organismo. Assim, o transplante é recomendado para pacientes com rins que perdem as funções básicas, normalmente provocadas pelo avanço de uma doença renal crônica.

“Para que o transplante aconteça, as famílias precisam autorizar a doação de órgãos. Essa conversa precisa existir. Então, se chegar aquele momento difícil, que a família decida pelo sim e por fazer a diferença na vida de alguém que está precisando. Nossa projeção de transplante para este ano é ótima, e só vamos alcançar se tivermos doadores. É muito importante incentivar a doação”, finaliza a médica.