Em Mato Grosso do Sul, papagaios foram as principais vítimas dos criminosos.

Em 2020, PMA aplicou R$ 41 mil em multas por tráfico de animais silvestres

No ano de 2020, a PMA (Polícia Militar Ambiental) deteve sete pessoas por tráfico de animais, sendo que cinco receberam multas que somaram R$ 41.000,00. No Estado, o tráfico de animais silvestres é quase exclusivamente de aves, com foco no papagaio.

A outra forma de tráfico é o internacional e não é de animal da fauna brasileira. Trata-se da entrada de um canário-peruano (Sicalis flaveola valida), que entra no Brasil, trazido por traficantes peruanos, bolivianos e brasileiros e é levado, na maioria das vezes, para Brasília (DF) e para a região Nordeste e norte de Minas Gerais, para serem utilizados em “rinhas”.

Dois paraguaios foram detidos em Bela Vista com uma Arara Azul, porém, não receberam multa administrativa porque não possuem Cadastro de Pessoa Jurídica (CPF) brasileiros. O ano passado foi o ano com menor quantidade de animais apreendidos (11), todos aves, com relação a todos os anos em que a Polícia Militar Ambiental cataloga os dados de tráfico separados das demais apreensões de animais silvestres. Os animais apreendidos foram sete papagaios, dois tucanos, um periquito e uma arara-azul.

Em 2019 também foram 7 (sete) pessoas autuadas, porém, foram apreendidas 345 aves. Dessas aves aprendidas, 180 eram papagaios, 5 (cinco) periquitos e 160 canários peruanos (vindos da Bolívia), estes apreendidos com uma corumbaense de 33 anos. Os valores de multas aplicados em 2019 foram de R$ 799.000,00.

O tráfico de canário ocorre todo o ano, porém, o período de agosto a dezembro é preocupante com relação ao tráfico de animais silvestres no Estado, pois é o período reprodutivo dos papagaios que é o animal mais traficado e, como para essa ave, o interesse é no filhote, pois somente pego neste estágio é que ele pode desenvolver a capacidade de reproduzir a voz humana, e isto é o que atrai as pessoas para terem o animal em casa.

Nesse período, a PMA mantém trabalhos preventivos nas propriedades rurais para prevenir a retirada dos animais e o possível aliciamento de funcionários de fazendas e assentados pelos traficantes, para a retirada dos filhotes, que normalmente é feito pelos traficantes.