O partido terá eleições municipais no dia 13 de outubro, em Campo Grande

Eleição de diretório define possível ‘racha’ no PSB de MS para eleições de 2026
O partido terá eleições municipais no dia 13 de outubro, em Campo Grande / Foto: Paulo Duarte e Carlos Augusto Borges. (Foto: Reprodução Facebook Paulo Duarte)

As movimentações para as eleições de 2026 estão com tudo em Mato Grosso do Sul. Políticos estão articulando qual melhor caminho para a disputa do próximo ano e o PSB (Partido Socialista Brasileiro) é uma das siglas que, por discordâncias dentro do partido, pode ter mudanças no Estado.

O PSB terá eleições municipais em 13 de outubro, em Campo Grande. O presidente da sigla na Capital, vereador Carlos Augusto Borges (PSB), o Carlão, convocou os filiados em dia com as obrigações partidárias a participarem do pleito.

O PSB é um dos partidos que discute juntar forças em uma aliança visando às eleições em 2026. O presidente nacional do PSB e prefeito do Recife (PE), João Campos, afirmou em junho que a sigla teria interesse em formar uma federação com o Cidadania e o PDT. O Cidadania mantinha uma federação com o PSDB (Partido da Social Democracia Brasileira), mas rompeu com o ninho tucano.


 

O PT também havia manifestado interesse em uma aliança com o PSB e outros partidos de centro-esquerda. Contudo, nenhuma decisão foi acertada até o momento.

“Essa federação com o PDT não chegou para nós aqui na Capital ainda. Eles [diretoria nacional] estão lá em Brasília brigando por isso, estão correndo atrás, mas por enquanto não chegou nada aqui”, afirmou Carlão recentemente ao Jornal Midiamax.

Líderes de MS estão com receio de a Nacional do partido não querer apoiar a reeleição de Eduardo Riedel ao governo do MS. O ex-tucano se filiou recentemente ao mesmo partido da senadora Tereza Cristina, o PP.

“Estamos querendo ir em setembro. Vamos apoiar o Riedel como candidato a governador. Não teremos candidatura própria ao governo. Temos que ter um grupo para crescer. A Nacional sempre nos deixou à vontade para que o partido cresça”, disse Carlão.

Colapso no PSB de MS
A falta de apoio a Riedel pode causar um ‘colapso’ dentro do PSB de Mato Grosso do Sul. Com a possível ida do governador a um partido considerado de direita, a Nacional do PSB pode não aprovar o apoio ao chefe do Estado, o que tem desagradado à diretoria da sigla em MS.

Recentemente, o presidente estadual do PSB e deputado na Alems (Assembleia Legislativa de Mato Grosso do Sul), Paulo Duarte, disse que vai apoiar Riedel independentemente da decisão da Nacional do partido. O parlamentar, que disputa o cargo novamente na Alems, cogita até deixar o partido caso não entre em um acordo com a direção nacional da sigla.

“Eu vou apoiar a reeleição do governador Eduardo Riedel. Essa é uma decisão já tomada por mim, independentemente da posição do PSB ao nível nacional. Quanto ao partido pelo qual vou concorrer à minha reeleição de deputado estadual, vou aguardar os acontecimentos”, adiantou recentemente ao Jornal Midiamax.

Carlão ainda adiantou que a notícia da possível saída das lideranças já está percorrendo os corredores. Deputados federais de partidos de centro-esquerda e de esquerda estão interessados no PSB.

“Muitos deputados federais estão indo lá pedir o partido. O próprio PT quer pegar o partido. O Paulo Duarte é ótimo e tinha que permanecer para conseguirmos fazer uma chapa ótima. Se ele continuar, eu saio como deputado estadual para ajudar a legenda dele. Eu sairia como deputado federal, mas fico no estadual para ajudá-lo nas eleições”, explicou Carlão.

Nas últimas eleições municipais, o PSB já havia sinalizado apoio ao PSDB. A sigla apoiou o candidato tucano, o qual perdeu a disputa à Prefeitura de Campo Grande.