De família tradicional em Dourados, onde nasceu e se criou, Teruo Toko Neto é acusado de ser o chefe da quadrilha de traficantes desmantelada pela Polícia Civil nesta quarta-feira.

Douradense preso no Rio ordenou duas mortes em apenas cinco dias

Recolhido no “Presídio Gabriel Ferreira Castilho”, conhecido como Bangu 1, no Complexo Penitenciário de Gericinó (RJ), o douradense Teruo Toko Neto, 26, foi alvo hoje, dia 14 de julho, de mais um mandado de prisão, expedido pelo juiz da 1ª Vara Criminal de Dourados no âmbito da Operação Kaizen.

De família tradicional em Dourados, onde nasceu e se criou, Teruo Toko Neto é acusado de ser o chefe da quadrilha de traficantes desmantelada pela Polícia Civil nesta quarta-feira.

A organização criminosa, da qual também faz parte o irmão mais velho de Toko Neto, Carlos Quendi Koga Toko Junior, 28, se notabilizou por almejar qualidade das drogas que fornecia. Vendiam até maconha líquida, o chamado “óleo de butano”, para ser inalado em narguilé e cigarro eletrônico.

Teruo Toko Neto está preso no Rio de Janeiro depois de ser flagrado com seis toneladas de maconha, em janeiro de 2020, na Via Dutra, perto de Piraí.

Ele estava em uma caminhonete com outros dois homens e faziam o serviço de batedor de estradas para a carga, que saiu de Dourados e seguia para a comunidade da Nova Holanda, no Complexo da Maré. O motorista da carreta e outras duas pessoas localizadas em um posto de combustíveis também foram presos.

Assassinatos – Entretanto, a vida de crime começou bem antes. Em 2016, quando tinha 21 anos, já era apontado como traficante de drogas ligado a importante chefe de cartel na fronteira do Paraguai com Mato Grosso do Sul, citado nos processos como “Jota”.

Foi naquele ano, com intervalo de cinco dias, que Teruo Toko Neto foi acusado de intermediar a execução de dois parceiros de crime por desentendimentos relacionados ao comércio de drogas, principal atividade criminosa na faixa de fronteira de MS com o Paraguai.

Nos dois crimes, Teruo Neto teria (segundo a denúncia do Ministério Público) agido em cumplicidade com Hélio Holsback da Silva, 39, o “Helinho”, e Rodrigo Batista Monteiro, 24, o “Bota Rosa”. Hélio deu apoio e Rodrigo foi apontado como o pistoleiro responsável em puxar o gatilho.

Laércio Andrade dos Santos foi a primeira vítima do trio. Na noite de 16 de agosto de 2016, “Bota Rosa” o executou com tiros de pistola 9 milímetros na calçada do Bar do Alemão, na Rua Filomeno João Pires, no Parque das Nações I.