Ela e mais duas colegas de trabalho encontraram Vanessa dos Santos com um corte no pescoço dentro do apartamento em que morava, em Caldas Novas. Polícia apura o que aconteceu.

Diretora de unidade de saúde que achou enfermeira morta está em choque
Vanessa Teodoro dos Santos é encontrada morta em apartamento de Caldas Novas, Goiás / Foto: Reprodução/ Facebook

A imagem do corpo da enfermeira Vanessa Teodoro dos Santos, de 24 anos, morta dentro de casa, não sai da cabeça da diretora da Unidade de Pronto Atendimento de Caldas Novas, Kelcilene Sousa de Oliveira. Ela e mais duas colegas de trabalho encontraram o corpo da jovem no apartamento em que ela morava, na terça-feira (18).

“Eu pisco e me lembro dela morta, a cena não sai da minha cabeça. Eu imaginava encontrar tudo, menos a cena que a gente viu, o corpo dela todo ensanguentado. Foi um susto foi muito grande, foi horrível, eu não dormi nada”, disse a diretora ao G1, nesta quarta-feira (19).

Servidora municipal, Vanessa trabalhava desde abril na UPA da cidade do sul goiano. Segundo Kelcilene, enfermeiras que eram muito próximas da jovem contaram que ela tinha entrado em contato pela última vez às 19h30 do último domingo (15) e, desde então, não atendia mais às ligações nem tinha olhado as mensagens.

De acordo com a diretora, Vanessa estava escalada para o plantão desta terça-feira, mas não foi trabalhar, o que causou mais estranheza, pois era muito comprometida. Assim, por volta das 8h, uma enfermeira pediu para ir até o apartamento da jovem.

“Disse para ela ir com uma coordenadora. Chegaram lá e encontraram a porta trancada e não conseguiram abrir, me ligaram e eu fui com o chaveiro. Quando a gente abriu a porta já vimos o corpo, não entramos e já puxei a porta para ninguém entrar”, explicou.

Causa da morte
 
Responsável por investigar o caso, a delegada Sabrina Leles informou que havia sinais de violência no corpo da enfermeira. No entanto, ainda não se sabe o motivo da morte.

“Há um corte profundo no pescoço, aparentemente feito por uma faca. Encontraram uma faca perto do corpo, mas só a perícia pode concluir se trata de homicídio ou suicídio”, explicou Sabrina.

Kelcilene afirma que tinha convívio diário com Vanessa e que ela não apresentava sinais de depressão. Conforme a diretora, o crescimento profissional dela nos últimos meses foi imenso.
 

“Ela evoluiu muito, era muito esforçada. Era sorridente, alegre, brincalhona, a gente não acredita em suicídio”, conclui a diretora.
 
O corpo de Vanessa foi velado por cerca de meia hora na UPA de Caldas Novas. Depois, seguiu para Bela Vista de Goiás, onde a família dela mora, para um novo velório. Por volta das 23h de terça-feira, o corpo deixou a cidade e seguiu para Itamonte, em Minas Gerais.

A previsão é de que o corpo chegue ao município mineiro na noite desta quarta-feira para as últimas homenages e o sepultamento