Um dos réus vai ser internado em ala psiquiátrica de penitenciária da Capital
A 1ª Vara do Tribunal do Júri de Campo Grande absolveu na terça-feira (29) os dois réus do assassinato de Railson de Melo Ponte, de 22 anos, em abril de 2024, na Penitenciária Estadual Masculina de Regime Fechado da Gameleira II, na zona rural da Capital. Porém, um deles vai para a ala psiquiátrica de outra unidade prisional.
Gabriel Chaves da Silva e Geilson Rodrigues Santos dividiam cela com Railson na época dos fatos e o mataram por enforcamento. A defesa de Gabriel pediu a absolvição por homicídio qualificado.
Já a defesa de Geilson sustentou que ele era inimputável na época dos fatos, ou seja, teria transtornos psiquiátricos e não deveria cumprir pena por esta acusação.
Os jurados concordaram com as defesas e votaram pela absolvição dos dois. Porém, o juiz Carlos Alberto Garcete determinou que Geilson seja transferido para a ala psiquiátrica do Estabelecimento Penal de Segurança Máxima Jair Ferreira de Carvalho, no Jardim Noroeste, região norte de Campo Grande.
O prazo mínimo de permanência será de um ano, ou até que uma perícia médica comprove que o réu não represente risco para o convívio social.
Crime na Gameleira II
Em 7 de abril de 2024, os dois réus conversavam entre si sobre o desejo de serem transferidos para outra penitenciária.
Railson ouviu a discussão e interveio alegando que era membro da facção criminosa PCC (Primeiro Comando da Capital). Em seguida, Gabriel derrubou a vítima no chão e Geilson a enforcou até a morte.
Na época, Geilson contou à polícia que Railson tinha a intenção de matá-lo e que ele e Gabriel já haviam sido ameaçados. Por isso, a dupla cometeu o assassinato.
Railson estava preso desde o dia 18 de março de 2023 por ser suspeito do homicídio de Danilo César de Jesus, 29 anos, em 5 de março daquele ano. Ele havia sido condenado em março de 2024.
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