A plataforma TerraBrasilis, que monitora o desmatamento na Amazônia, reportou um total de 26,3 mil focos de destruição em setembro.

Desmatamento na Amazônia cresceu 51% em setembro, apontam dados do Inpe
Desmatamento na Amazônia cresceu 51% em setembro, apontam dados do Inpe. / Foto: Reprodução

Dados recentes do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) apontam para um alarmante aumento no desmatamento na Amazônia, registrando um aumento de 51,1% em setembro em comparação a agosto. Esta revelação coloca em destaque a urgência de se enfrentar um dos maiores desafios ambientais do Brasil e do mundo.

A plataforma TerraBrasilis, que monitora o desmatamento na Amazônia, reportou um total de 26,3 mil focos de destruição em setembro, em comparação com 17,4 mil focos registrados em agosto. Importante salientar que os números consideram tanto o desmatamento quanto as queimadas, duas práticas prejudiciais ao ecossistema amazônico.

Setembro deste ano já é tristemente marcado como o mês com a maior taxa de devastação em 2023, com a sétima pior marca de toda a série histórica do Inpe. Esta notícia é particularmente preocupante porque ocorre em meio a esforços globais para combater as mudanças climáticas e proteger a biodiversidade da região.

No que diz respeito aos estados mais afetados, o Pará se destaca como o principal responsável pelo desmatamento, respondendo por 35,5% do total da devastação. O Amazonas e Mato Grosso também figuram no triste ranking de desmatamento, contribuindo com 18,4% e 18,2%, respectivamente.

Além disso, setembro de 2023 registrou um recorde alarmante: foi o mês com o maior desmatamento de vegetação primária, com 10,4 mil focos, o que representa uma perda significativa de áreas de floresta intocada, essenciais para a preservação do ecossistema amazônico.

Os dados relatados são um reflexo do desafio persistente enfrentado pelo Brasil e pela comunidade global no que diz respeito à conservação da Floresta Amazônica. O desmatamento na região não apenas contribui para as mudanças climáticas, mas também coloca em risco a vida de inúmeras espécies de plantas e animais que habitam essa área única. Além disso, tem sérias consequências para comunidades indígenas e para a segurança hídrica e climática do planeta.

Desde que a plataforma TerraBrasilis começou a registrar a destruição em agosto de 2019, já foram contabilizados um alarmante total de 422.661 focos de desmatamento na Amazônia. Isso reforça a necessidade urgente de ações concretas para proteger essa região vital, não apenas para o Brasil, mas para todo o mundo. O desafio agora é encontrar soluções eficazes para combater esse aumento no desmatamento e reverter a tendência de destruição crescente na Amazônia.