Conforme a vítima, o homem a ofendeu por diversas vezes, dizendo que "ela estava fazendo sacanagem com ele". Caso foi registrado como lesão corporal dolosa, em Campo Grande.

As dores do corpo ainda remetem ao que a vítima chama de "violência gratuita". O fato ocorreu no início da noite dessa terça-feira (2), na região central de Campo Grande. Dentro do carro, estavam as três filhas, a babá e a mulher de 38 anos, que não quer ser identificada. Ela passou a noite entre o posto de saúde e a delegacia, para denunciar o agressor após briga no trânsito.

"Estava passando devagar em frente ao parque Belmar Fidalgo, mostrando o local para a babá e as crianças e falando do parquinho que tem lá. Ele estava atrás de mim, buzinou, xingou e eu então mudei para a faixa do meio porque logo iria estacionar no edifício onde moram os meus pais. Estava tendo missa na igreja próxima e eu continuei a andar devagar, procurando vaga. Quando dei sinal para estacionar, ele parou atrás, não deixei e me surpreendi com ele na minha janela", afirmou ao G1.

Conforme a vítima, o homem a ofendeu por diversas vezes, dizendo que "ela estava fazendo sacanagem com ele". "Acho que ele ficou com raiva porque eu estava andando devagar. Ele me perseguiu, xingou, jogou luz alta e permaneceu colado em mim. Ainda dentro do carro, ele me bateu pela primeira vez. Depois, eu desci e disse que estava com as crianças, que não estava provocando ninguém e, em seguida, ele me xingou novamente, se afastou e me deu um chute na região da virilha", relembrou.

Ainda conforme a vítima, outras pessoas presenciaram o crime e passaram a intervir. "Fui tentar revidar e levei um soco no rosto e no ombro. Ele desceu para me agredir e eu sabia que ia apanhar. Foi um covarde. Outros homens presenciaram e falaram para ele parar, quando ele ainda tentou me colocar como ruim da história. Um homem disse: cara, eu vi você batendo nela, batendo em mulher. Em seguida, o zelador chamou meu pai e outra moradora acionou a polícia", contou.

A vítima disse que vai ao Instituto de Medicina e Odontologia Legal (Imol), nesta quarta-feira (3). Ela informou que já repassou a placa do veículo para a polícia, possui imagens do prédio que comprovam a agressão e ainda possui a identidade do suspeito, que seria um policial federal aposentado. O caso foi registrado como lesão corporal dolosa e está sendo investigado.