Produtos eram “retalhos”, que deveriam ser descartados mas eram vendidos pelo açougue do mercado, segundo o órgão de defesa do consumidor.

Denúncia do Facebook leva Procon a mercado que vendia carne podre
Fiscais do Procon durante ação no mercado Pires. / Foto: Divulgação

Uma publicação em um grupo de comércio do Facebook motivou fiscalização do Procon (Subsecretaria de Proteção e Defesa do Consumidor), que flagrou venda de carne podre em um mercado de Campo Grande. O açougue do mercado Pires, na Vila Juçara, vendida “retalhos” que deveriam ser descartados.

Quem explica é o subsecretário da pasta, Valdir Custódio. Ele afirma que três fiscais participaram da ação durante a manhã de quinta-feira (15). “Essa denúncia foi feita em rede social, foi uma publicação, a gente monitora as redes sociais. Eu vi essa publicação, mandada por um dos nossos fiscais, aí já dei a ordem de serviço”.

“Era mais de meia noite e no outro dia no primeiro horário nós fomos, a gente constatou que o procedimento deles fazia com que ocorresse isso [venda irregular]”, explicou.

Segundo o subsecretário, o açougue foi vistoriado, os produtos descartados e os responsáveis receberam uma notificação. “Isso é jogado fora, é jogado água sanitária em cima. Fizemos toda a constatação da higiene, que estava irregular”, explicou.

“Todos os funcionários do açougue e da desossa, sem uso de máscara. Também havia armazenamento incorreto de produtos, muito próximo ao chão”, explicou.

Ainda de acordo com o subsecretário, o local recebeu um prazo de adequação. Na próxima semana, afirmou, os fiscais irão visitar o local novamente, junto com a vigilância sanitária. Em caso de descumprimento, orientou, o açougue pode ser interditado.

Outro lado - Gerente comercial da rede Pires, João Pereira Gonçalves declarou que a carne não seria vendida e que um funcionário apenas limpava a carne em cima de uma tábua. Ele afirma que eram cerca de 3,5 quilos de carne.

“A carne não estava a venda, ele estava limpando a carne e estava em cima da tábua, essa carne não ia ser disponibilizada para venda, só que nesse meio tempo o Procon foi lá, orientou, foram muito profissionais e orientaram que o funcionário não fizesse isso. Ele estava em desacordo com as nossas normas, foi isso que ocorreu. Estamos tomando providência para não ocorrer mais isso”, comentou.

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