Mulher de 26 anos esperou quase uma hora pelo resgate do animal e acabou desistindo de chamar socorro.

Demora no resgate de capivara ferida deixa moradora indignada
Capivara ferida estava nas proximidades da Rua Gabriel Spipe Calarge. / Foto: Direto das Ruas

A demora no resgate de uma capivara ferida na manhã desta quinta-feira (19) em Campo Grande deixou uma mulher de 26 anos indignada. Gislaine Lima ligou para vários órgãos, esperou por quase 1 hora pelo resgate do animal e acabou desistindo sem saber se o socorro chegou.

“Se fosse animal doméstico eu pegaria no colo e levaria para a casa, mas não era”, comentou Gislaine. Ela relata ter encontrado o animal ferido por volta das 10h43 na Gabriel Spipe Calarge, próximo ao prédio do CCZ (Centro de Controle de Zoonoses).

Como estava perto, ela foi até o prédio pedir auxílio onde recebeu orientação para acionar a PMA (Polícia Militar Ambiental). Ela ligou para a PMA e eles disseram que não poderiam ir naquele momento.

O Corpo de Bombeiros e o Cras (Centro de Reabilitação de Animais Silvestres) também foram chamados. No primeiro caso, a orientação foi acionar a PMA e no segundo a resposta foi falta de viatura.

Entre ligações e pedidos de ajuda, Gislaine ficou aguardando quase 60 minutos no local. Sem respostas, ela foi embora e quando retornou no início da tarde não encontrou mais o animal. Não é possível saber se o resgate foi ou não realizado.

“É muito difícil conseguir resgate. Fiquei quase uma hora parada tentando falar e nada”, lamentou.

O tenente-coronel Ednilson Queiroz da PMA confirma que os policiais fazem este serviço de recolher e levar até o Cras, mas pede compreensão porque são entre 10 ou 15 pedidos por dia.
A questão é que a maioria das ocorrências atendidas pela PMA não são dentro do perímetro urbano e o foco é o combate aos crimes e infrações. “Proteção ambiental é responsabilidade de todo mundo”, finaliza o coronel.