Médico Gabriel Paschoal Rossi foi morto estrangulado no fim de julho do ano passado em Dourados.

Defesa de mulher acusada de mandar executar médico em Dourados pede revogação de prisão
Médico Gabriel Paschoal Rossi foi morto estrangulado no fim de julho do ano passado em Dourados. / Foto: Reprodução, Arquivo Pessoal

A defesa de Bruna Nathalia de Paiva, acusada de mandar executar o médico Gabriel Paschoal Rossi, de 29 anos, em Dourados, a 225 quilômetros de Campo Grande, no fim de julho do ano passado, pediu a revogação da prisão preventiva. Foram presos Bruna Nathalia de Paiva, Gustavo Kenedi Teixeira, Keven Rangel Barbosa e Guilherme Augusto Santana no dia 7 de agosto.

Conforme apurado pela reportagem do Jornal Midiamax, o pedido foi encaminhado ao Tribunal do Júri nessa quinta-feira (7). “Seja revogada a prisão preventiva de Bruna Nathalia de Paiva, com fundamento essencialmente na ausência do periculum in libertatis, dado o não preenchimento das hipóteses de decretação/manutenção previstas no artigo 312 do Código de Processo Penal, em sintonia com os princípios da razoabilidade, proporcionalidade, excepcionalidade da prisão cautelar, presunção de inocência e demais primados de nosso ordenamento, nos moldes do artigo 316 do Código de Processo Penal”, consta o pedido.

A defesa ainda pede que caso o juiz de direito entenda necessário sejam fixadas medidas cautelares diversas da prisão. “Seja a decisão proferida inaudita altera pars, nos termos do art. 282, § 3º, do CPP e que seja expedido o pertinente alvará de soltura com salvo conduto em favor da requerente Bruna Nathalia de Paiva, para que seja colocada imediatamente em liberdade, e, sendo o caso, passe a cumprir as medidas cautelares diversas da prisão que lhe forem impostas”, conclui o pedido.

Médico morto teria ameaçado entregar esquema de estelionato por dívida de R$ 500 mil

O médico Gabriel Paschoal Rossi teria ameaçado entregar a quadrilha após dívida de R$ 500 mil não ser paga. De acordo com o delegado Erasmo Cubas, Gabriel teria feito favores para Bruna, que havia prometido R$ 500 mil para o médico, mas como o dinheiro não foi pago, o médico passou a fazer ameaças a Bruna, dizendo que iria entregar todo o esquema à polícia. Por isso, ela teria resolvido matar Gabriel.

Desaparecimento

No dia 29 de julho era para o médico ter cumprido plantão na UPA (Unidade de Pronto Atendimento), mas não apareceu, bem como no sábado (30), no Hospital da Vida. Amigos e familiares mantêm contato pelo WhatsApp dele, mas desconfiam que outra pessoa possa estar respondendo.

Os policiais foram até o apartamento dele, mas encontraram o local intacto. O carro dele foi rastreado em Guarulhos, São Paulo, e as redes sociais foram deletadas.

Natural do Rio Grande do Sul, Gabriel se formou em março deste ano pela UFGD (Universidade Federal da Grande Dourados) e também trabalha na UPA (Unidade de Pronto Atendimento) e no Hospital da Vida.