"Não há motivos para prisão", disse advogado

Defesa aguarda inquérito para pedir soltura de empresário da

A defesa do empresário Celso Eder Gonzaga Araújo, preso temporariamente nesta terça-feira (21) durante Operação da Polícia Federal, aguarda ter acesso ao inquérito policial para decidir se pede habeas corpus ou revogação da prisão do proprietário da Company Consultoria, patrocinadora do futebol em Mato Grosso do Sul.

De acordo com Márcio Messias, um dos três advogados que representam o empresário, Celso foi ouvido e se comprometeu a apresentar documentos que comprovem isenção de ilegalidade em suas negociações.

“Não há motivo para a prisão. Tudo envolve uma operação complexa que está sendo investigada, mas ele foi ouvido e se comprometeu a apresentar documentos, inclusive do Banco Central, que explicam as atividades dele”, disse o advogado.

A prisão

Um dos mandados de prisão temporária que foram cumpridos em Campo Grande, com a deflagração da operação Ouro de Ofir foi do empresário e proprietário da Company consultoria, patrocinadora do futebol em Mato Grosso do Sul, Celso Eder Gonzaga Araújo.

A Polícia Federal e a Receita Federal cumpriram mandados de busca e apreensão na residência dele, localizada no Bairro Chácara Cachoeira. Três carros de luxo da residência foram levados pelos policiais para a Superintendência da Polícia Federal.

A empresa de Celso também foi alvo da operação, além de um condomínio de luxo no Bairro São Francisco.

Operação Ouro de Ofir

São cumpridos 19 mandados, sendo 11 de busca e apreensão, 4 de condução coercitiva e 4 de prisão temporária, 70 agente e policiais militares participam da operação para desarticular organização criminosa que atua como instituição financeira clandestina aplicando golpes e induzindo pessoas a fazerem investimentos em dinheiro para a obtenção de lucros financeiros.

O golpe era baseado na existência de uma suposta mina de ouro que foi explorada há muito tempo e cujos valores oriundos das comissões para a revenda estariam sendo repatriados e cedidos, vendidos ou até mesmo doados a terceiros, mediante pagamentos.

Muitas vítimas foram induzidas a investir em projetos cujos contratos não possuem lastro ou objeto jurídico plausível. Os investidores eram induzidos a depositar quantias para ter uma lucratividade de mais de 1.000%. Também eram falsificados documentos de instituições públicas federais na tentativa de oferecer credibilidade ao que era repassado às vítimas.