João Henrique Catan e Zeca do PT já discutiram em outras ocasiões, mas usaram o plenário da Alems para se cumprimentarem

Em efeito cascata, as movimentações políticas nacionais têm respingado em Mato Grosso do Sul. Após apoio do Governador Eduardo Riedel ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e a saída do PT de sua base aliada, o deputado estadual Zeca do PT surpreendeu ao elogiar o colega de parlamento, João Henrique Catan (PL), durante sessão nesta quinta-feira (7).
Tudo começou com o deputado bolsonarista usando a tribuna da Alems (Assembleia Legislativa de Mato Grosso do Sul) para criticar o corte de gastos sancionado pelo Governo de MS. Por cerca de 20 minutos, Catan citou os gastos da administração estadual.
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“É um abuso no contribuinte, nos comerciantes. Aumenta-se a pauta fiscal sem precisar passar a majoração de tributos pela Assembleia; uma arrecadação que estrangula aquele que produz em Mato Grosso do Sul e fala-se em contingenciamento que pode chegar a 800 milhões”, afirmou.
Zeca do PT: ‘lúcido, inteligente e esclarecedor’
Após a fala, Zeca pediu para falar: “Primeiro lugar: quero parabenizar o pronunciamento lúcido, inteligente e esclarecedor que faz aqui o deputado João Henrique; vou cumprimentar. Segundo, avisar o deputado João Henrique que semana que vem com certeza ele tem novos aliados”.
O parlamentar causou burburinho no Plenário após a referência ao colega da oposição. Os deputados já tiveram discussões acaloradas meses atrás — inclusive com troca de xingamentos.
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Após citar os investimentos do Governo Federal em MS, complementando o que Catan disse, o petista propôs uma aliança. “Nós, meu querido João Henrique, estaremos juntos a partir da semana que vem”.
Catan e Zeca do PT voltaram a discutir na Alems (Reprodução, TV Alems)
Deputado criticou o corte de gastos
Vigente até 31 de dezembro deste ano, a medida proíbe compra de veículos e redução em até 25% de contratos vigentes em Mato Grosso do Sul.
Além disso, está vedada a compra de novos mobiliários, equipamentos ou de outros bens permanentes. Os órgãos e autarquias também precisam revisar os contratos vigentes, visando à redução de 25% dos valores contratados a título de despesas de custeio.
Inclusive, devem reduzir outras despesas de custeio, tais como pagamento de diárias, passagens, participação em eventos e seminários e horas extras, entre outros.
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Assim, segundo a publicação, o decreto dispõe sobre a adoção de medidas administrativas temporárias de racionalização, reprogramação e de controle de gastos.
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