Um dos casos que mais chamaram atenção é de um dentista com mais de 7 gigas de fotos e vídeos de pornografia infantil em Campo Grande.

Crimes de pedofilia crescem desenfreadamente e até MS vira notícia; saiba como proteger crianças
Dentista foi preso em Campo Grande em 2022. / Foto: PCMS e reprodução redes sociais

Os crimes de pedofilia virtual voltaram a ser evidência nos noticiários, seja por ocorrências que aconteceram em Mato Grosso do Sul, como em outros estados. Vira e mexe, a Polícia Civil e a Polícia Federal realizam operações com intuito de combater os abusos sexuais que consistem no armazenamento de imagens e vídeos de crianças e adolescentes.

Não muito distante desses casos, o TopMídiaNews apresentou nesta segunda-feira (8), o caso do dentista e também professor de uma universidade flagrado com mais de 7 gigas de conteúdos pornográficos que tinham crianças e adolescentes submetidas a casos sexuais.

Ele foi preso durante uma operação da Depca (Delegacia Especializada de Proteção à Criança e ao Adolescente) em maio de 2022 e encara as consequências dos atos de pedofilia na Justiça, onde já sofreu derrotas e foi denunciado pelo Ministério Público.

Mas durante o domingo (7), o Fantástico exibiu uma reportagem em que pedófilos que armazenaram conteúdos pornográficos infantojuvenis criaram uma espécie de 'mercado de vendas' em aplicativos, entre eles, o Telegram. O principal ponto é que os criminosos estão vigiando publicações na internet para 'captar' as imagens das crianças.

Se a internet já é considerada perigosa para as crianças, recentemente houve denúncias de que a IA (Inteligência Artificial) estava sendo uma das ferramentas mais utilizadas atualmente para impulsionar a divulgação de imagens de exploração e de abuso sexual.

Todas essas situações reacenderam o debate de como proteger as crianças e os adolescentes de abusadores na internet, principalmente numa era tão tecnológica.

O Fantástico, inclusive, denunciou que os criminosos utilizam palavras-chave ou códigos para manter ativo o rastreio das crianças que consideram vantajosa para o mercado de comercialização de fotos e vídeos. Entre algumas palavras estão: "Perdoe, pequena", "Errei, fui Raulzito".

Para Thiago Tavares, presidente da Safernet Brasil, a novidade está na monetização desse tipo de conteúdo de forma tão aberta e disseminada. "A internet vai evoluindo, novas tecnologias vão sendo criadas e essas tecnologias também vão sendo utilizadas para a prática desse tipo de crime", disse ao programa.

De acordo com dados do ICMEC (International Center for Missing and Exploited Children), o Brasil é um dos países que mais compartilha material sexual de abuso infantil pela internet. Há tanto pessoas produzindo esse tipo de material quanto consumindo.

Como evitar tanto assédio e crimes com as crianças?

Há dicas pontuais para minimizar danos significativos, principalmente para pedófilos que tentam aproximação ou contato com a criança pelo meio virtual. Uma delas é evitar expor os filhos na internet, as fotos que podem ser inocentes, parecem diferentes aos olhos de um criminoso.

Manter uma rotina de visualizar o que seus filhos estão consumindo é uma boa prática para evitar que a criança seja abordada na internet.

Monitore e controle o que seus filhos fazem tanto online quanto em seus arredores físicos. Abusadores sexuais ganham geralmente a confiança das crianças gradualmente.

E você, leitor. O que tem praticado para evitar que pedófilos se aproximem dos seus filhos?