Criança tinha doença renal crônica e enfrentava rotinas exaustivas de hemodiálise, até receber 'de presente' um rim novo

Criança sai de MS para SP em avião do governo para transplante de rim
Criança tinha doença renal crônica e enfrentava rotinas exaustivas de hemodiálise, até receber 'de presente' um rim novo / Foto: Governo de MS

João Vitor Silva de Andrade saiu de Campo Grande (MS) com destino a São Paulo para receber uma nova chance de viver: realizar um transplante de rim.

O transporte foi realizado pelo Governo de Mato Grosso do Sul, através da aeronave militar da Coordenadoria de Transporte Aéreo (CTA), pertencente a Casa Militar, localizada no hangar do governo do Estado.

O transporte foi feito com urgência, desde o anúncio da disponibilidade do órgão até a chegada em outro estado.

Conforme apurado pela reportagem, a criança tinha doença renal crônica e enfrentava rotinas exaustivas de hemodiálise.


Após longa espera, a Faculdade de Medicina da USP comunicou a disponibilidade de um rim compatível, exigindo a chegada imediata do paciente à unidade hospitalar para a realização do procedimento.

Em seguida, a equipe da CTA se manteve à postos e transportou o garoto em segurança, de MS a SP, em um avião do Governo do Estado, em caráter de urgência, cumprindo a janela crítica para realização do procedimento.

O menino chegou bem e dentro do prazo estabelecido na capital paulista. O procedimento foi um sucesso.

DOAÇÃO DE ÓRGÃOS
Doar órgãos é uma forma de salvar a vida de uma pessoa que depende exclusivamente do transplante para sobreviver. É um ato de amor e compaixão ao próximo

O transplante de órgãos pode ser a única esperança de vida ou a oportunidade de um recomeço para pessoas que precisam da doação.

Os órgãos que podem ser doados são coração, rim, pâncreas, pulmão, fígado, medula óssea, ossos, córnea, intestino, vasos sanguíneos e tendões.

Existem dois tipos de doadores: doador vivo e doador falecido.

O doador vivo é aquele que, em vida, resolve doar um órgão a outra pessoa. O doador falecido é aquele que teve sua morte encefálica diagnosticada e seus órgãos são retirados após autorização da família.

Vejas quais são as etapas da doação de órgãos:
1. Morte cerebral

Morte cerebral é a interrupção das funções do cérebro. Faz-se exames para diagnosticar a morte encefálica. Se o cérebro não está funcionando, não há vida, por mais que o coração esteja batendo. Com isso, os órgãos são preservados e podem ser doados.

2. Autorização da família

Mesmo se em vida a pessoa declarar que quer ser doador, na hora da morte a família precisa autorizar. Um documento é assinado autorizando a cirurgia para a retirada dos órgãos.

3. Histórico clínico do doador

A família responde a um questionário e verifica-se a existência de possíveis doenças que possam ser transmitidas ao receptor. Doenças crônicas, diabetes e infecções podem comprometer os órgãos e inviabilizar o transplante.

4. Captação

É quando os órgãos são retirados do corpo do paciente falecido.

5. Transporte

Os órgãos são acondicionados em caixas térmicas para transporte. Companhias aéreas realizam o transporte de órgãos e tecidos gratuitamente em voos comerciais. Quando o transporte é feito por terra, as centrais estaduais de transplantes se responsabilizam.

6. Transplante

O transplante é quando o órgão é inserido no paciente. O sucesso do transplante depende das condições clínicas tanto do órgão quanto do estado de saúde do paciente receptor.