
Com Ceinfs (Centro de Educação Infantil) de "papel" ou inacabado, a região do bairro Nova Lima tem crianças que vão direto para a escola, sem nunca pôr os pés numa creche. A vaga para Emanuelli, 6 anos, saiu quando a menina já tinha idade escolar. Os irmãos, de 3 anos e seis meses, seguem o mesmo destino. “Não vão para a creche porque não conseguem vaga. A creche fica só na ilusão”, diz Suelen Cruz Cândido, 25 anos.
A família mora no bairro Vida Nova, próximo ao esqueleto de um Ceinf. O portão tem cadeado, mas uma ampla abertura ao lado permite o livre acesso a uma obra tomada pelo lixo e que serve de casa para usuários de drogas, os “noiados” como relatam os moradores. A obra foi depenada e os vândalos levam da fiação às pias.
“Pelo menos quando era campo de futebol isso aqui era limpo”, afirma Suelen. No Nova Lima, vizinho ao Vida Nova, levantamento da prefeitura de Campo Grande, divulgado no ao passado, aponta que duas creches tiveram 0% de execução. As unidades deveriam ficar nas ruas Firmo Cristaldo e Botafogo. Nessas ruas, nenhuma placa indicativa de futura obra.
“Mas faz muita falta, porque a gente precisa. Tem um Ceinf no Nova Lima e um no Oscar [Salazar]. Fiquei dois anos na espera, mas não saiu vaga”, conta a servidora pública Ana Rocha, 48 anos. A longa espera foi para que a neta de 6 anos frequentasse o Ceinf, mas a vaga não saiu e ela entrou direto no ensino fundamental.
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