A Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) que investiga as finanças da prefeitura de Campo Grande será composta de dois vereadores da base aliada, Vanderlei Cabeludo (PMDB) e Airton Saraiva (DEM). A oposição será representada por Thaís Helena (PT) e Paulo Pedra (PDT) e para completar, Eduardo Romero (PT do B), que declarou independência nesta semana.

A definição dos integrantes foi feita na sessão ordinária desta quinta-feira (7). Ainda não foram definidas presidência e relatoria da CPI que devem ser anunciadas nos próximos dias. Os cinco integrantes da comissão vão se reunir ainda nesta semana para definir as audiências, oitivas, pedidos de documentos.

A CPI vai investigar se o aumento de 40,34% na folha de pessoal da prefeitura ocorreu por aumentos salariais concedidos por gestões anteriores ou por causa dos 1.044 contratados na gestão do prefeito Gilmar Olarte (PP). Em relação aos comissionados, também será apurada qual percentual que representam na folha de pessoal e se estão efetivamente trabalhando.

A comissão vai averiguar se houve redução na arrecadação do município, conforme alegação da prefeitura. A administração municipal informou que houve uma perda em relação ao Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS), Imposto Predial e Territorial Urbano (IPTU), Imposto Sobre Serviços de Qualquer Natureza (ISSQN). A perda apresentada foi de quase R$ 250 milhões.

A queda na arrecadação e o aumento da folha de pessoal foram os motivos apresentados pela prefeitura de Campo Grande para justificar o desequilíbrio financeiro.

O requerimento pedindo a abertura de CPI é de autoria de Pedra e foi aprovado terça-feira (5) com 10 assinaturas: Paulo Pedra, Thais Helena, Cazuza (PP), Luiza Ribeiro (PPS), Chiquinho Telles (PSD), Alex do PT, José Chadid (sem partido), Ayrton Araújo do PT, Eduardo Romero e Chocolate (PP).