Após questionar a falta de representatividade feminina no governo de Michel Temer (PMDB), a senadora sul-mato-grossense Simone Tebet (PMDB) teve nome cotado para assumir um ministério, porém a parlamentar diz que é apenas uma “informação da mídia” e que não há qualquer convite formal neste sentido. Ainda assim, defende manutenção de um ministério sob um comando feminino, de preferência de uma “mulher preparada, fora do política, quem sabe uma socióloga”.

Simone explica que na cerimônia de posse do governo de Temer, na semanada passada, teve a oportunidade de discursar com três ministros sobre a importância de representatividade feminina nos ministérios. Ela defende a manutenção do Ministério da Igualdade Racial, das Mulheres, Juventude e dos Direitos Humanos, sob o comando feminino, por alguém que não necessariamente tenha envolvimento político.

“Fui uma das primeiras a defender a representação feminina no governo do presidente. Diante disso citei, inclusive, que poderia ser qualquer mulher, desde que fosse uma pessoa preparada, de fora da política. A ideia é que repensem na manutenção do Ministério da Igualdade Racial, que já existia no governo anterior, até mesmo pela sua importância e relevância. Quando disse isso, apenas pedi a representação feminina neste ministério, mas em momento algum pensei no meu nome para isso”.

De acordo com a senadora, até mesmo por ter sido uma das primeiras de questionar a falta de mulheres no governo, podem ter cotado seu nome, mas garante que não tem pretensão de assumir um ministério. “Em nenhum momento quis ter meu nome associado à algum ministério quando questionei. E justamente por ter falado, que dificilmente vejo a possibilidade do cargo. Até mesmo porque estava em defesa da mulher e vale ressaltar, que um senador não pode legislar em benefício próprio e por isso reafirmo que a escolha deve ser do presidente, por uma mulher experiente.”

Para completar, Simone explica que se seu nome foi cotado, foi diante do pronunciamento que fez aos ministros na cerimônia de posse. “Não sei se estou sendo cotada. São informações da mídia. Jogo em qualquer posição. Agora é hora de ajudar o Brasil, sem preocupações pessoais. Estou indo amanhã para Brasília”, completou, garantindo que não há qualquer convite ou conversa formalizada sobre o assunto.