A greve nacional que começou a 0h de hoje bloqueando vários pontos pela Bolívia deve durar 24 horas.

A fronteira entre a Bolívia e Corumbá, do lado das cidades de Puerto Quijarro e Puerto Suárez está fechada deste a madrugada desta segunda-feira (11). Manifestantes bloquearam o acesso e apenas a passagem a pé pela linha internacional está permitida. O grupo protesta contra o Governo de Luis Arce, Presidente da Bolívia.
O objetivo do protesto nacional que deverá durar 24 horas, é pedir o fim da perseguição política, além da suspensão de um pacote de leis que afetaria a liberdade civil, como a lei de Legitimação de Lucros Ilícitos. Segundo apurado pelo Diário Corumbaense e El Deber, os bolivianos ainda questionam a reforma do sistema de Justiça, pela imparcialidade envolvendo a prisão da es presidenta interina Jenaine Áñez.
Em diversas cidades do país vizinho há pontos de bloqueios. Em Santa Cruz de La Sierra, uma das maiores da Bolívia, as ruas amanheceram completamente vazias. A maioria da população aderiu o protesto que iniciou a 0h de hoje com apoio de ex presidentes.
“Com isso, a nossa fronteira ficará fechada, apenas a passagem a pé é permitida entre os dois países. Também vamos deixar passar casos de urgência e emergência, como pessoas que vão fazer hemodiálise em Corumbá ou que precisem de atendimento médico. Exigimos que o atual governo suspenda esse pacote de lei e pare com a perseguição política”, explicou Antonio Chávez, presidente do Comite Civico de Arrouyo Concepción.
Já o ministro da Justiça da Bolívia Ivan Lima, disse que a lei não prejudica motoristas ou sindicatos, mas sim grandes empresários que “levam seu dinheiro para paraísos fiscais” e acusou a manifestação de distorcer a realidade.
Ivan Lima disse ainda que por trás da greve há impunidade no caso de Luis Fernando Camacho, presidente do Comitê Cívico Pró-Santa Cruz, convocado para depor em La Paz, por seu papel na queda de Evo Morales em 2019, que segundo o atual governo foi ‘Golpe de Estado” e de vários funcionários do governo em transição.
Santa Cruz, segundo El Deber, é a região onde a greve é mais forte. Na capital de Santa Cruz existem vários pontos de bloqueio e é a capital onde sindicatos, universidades, transporte público e outros setores decidiram cumprir a medida convocada pela Comissão de Santa Cruz e Comissão Nacional de Defesa da Democracia.
Olá, deixe seu comentário!Logar-se!