
A Controladoria-Geral da União (CGU) constatou que o custo previsto na planilha de orçamento da construção da avenida Lúdio Martins Coelho, em Campo Grande, entregue há cerca de dois anos, ficou quase 40% mais caro que valor da concorrência. O custo da obra aumentou cerca de R$ 4,7 milhões.
A investigação dos contratos de obras no estado faz parte da segunda fase da operação Lama Asfáltica deflagrada na quinta-feira (9). O chefe da CGU, José Paulo Barbieri, disse que após a análise da força-tarefa, poderá acionar as construtoras para receber de volta o dinheiro que foi pago pelas obras.
O pagamento por serviços na avenida não executados soma R$ 482.170. Para a construção foram liberados pelo governo federal R$ 16 milhões. A CGU encontrou prejuízo de quase R$ 5 milhões. Além disso, o relógio construído na avenida não funciona.
Outra irregularidade está nas rodovias. Novas perícias serão feitas. Barbieri explica que além das manobras usadas para direcionar as licitações a qualidade das obras entregues são inferiores.
Fotos feitas durante a investigação mostra que a grama na área de contenção de erosão da MS-430 que liga Rio Negro a São Gabriel do Oeste não foi plantada. Há suspeita de que o asfalto não é da qualidade prevista na licitação. O governo federal gastou R$ 53.294.000.
A perícia foi feita em apenas 10 km que corresponde a um trecho. A CGU encontrou prejuízo de R$ 4 milhões.
Barbieri disse que ao todo o governo federal pagou por três trechos da obra e, por isso, a controladoria e a Polícia Federal devem fazer perícias detalhadas nos outros 29 km construídos com dinheiro da União.
Na semana que vem uma força tarefa será montada para analisar os documentos apreendidos na operação.
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