Máscaras só são obrigatórias, agora, em espaços fechados ou com aglomeração.

Conselho pede que municípios de MS considerem exigir máscara obrigatória
Máscaras só são obrigatórias, agora, em espaços fechados ou com aglomeração. / Foto: Henrique Kawaminami

O Cosems (Conselho Municipal de Secretarias Municipais de Saúde) recomenda que municípios de Mato Grosso do Sul devem avaliar o cenário epidemiológico da sua região, para indicar, ou não, se há necessidade em exigir o uso de máscaras.

Segundo o órgão, é necessário “cautela ao editar os decretos a respeito da indicação do uso de máscaras faciais em todas as situações sociais, como medida adicional de prevenção à covid-19”.

De acordo com o presidente do Cosems, a população não tem mantido o rigor do uso desse acessório fácil, mas muitos cuidados ainda são necessários. “Este momento de transição, de uma pandemia para uma endemia, deve ser realizado com precaução para garantir a segurança de toda a sociedade”

Em resolução publicada nesta manhã, a SES (Secretaria Estadual de Saúde) recomendou que alguns grupos ainda mantenham o hábito de utilizar o item. A pasta orienta que deve-se usar em escolas, unidades de saúde, e que indivíduos em grupo de risco e não vacinados também precisam.

Liberação - Outros estados e cidades brasileiras já haviam determinado o fim da obrigatoriedade do acessório, em espaços públicos ou fechados, tais como o Rio de Janeiro - que foi a primeira capital do País a abolir a medida.

Atualmente, o Estado já não exige mais, mas o município de Campo Grande segue com a regra, apenas em espaços internos.

É importante ressaltar que o crescimento de casos, por conta da variante Ômicron, ocorreu em momentos distintos, em cada local do Brasil. Por exemplo, a cidade do Rio teve o maior pico de infecções, em toda a pandemia, em 15 de janeiro - havia média de quase 24 mil casos diários.

A Capital só foi registrar o pico de casos oito dias depois, com mais de mil confirmações por dia. No entanto, muitos dos municípios sul-mato-grossenses, em geral, tiveram maior número de casos em meados de 14 de fevereiro, quase um mês depois.

Diferentes cenários - Segundo dados da SES, levantados pela reportagem, 71 municípios do Estado tiveram redução de, pelo menos, 15% na média diária de casos, entre os dias 14 e 28 de fevereiro.

Caarapó, Angélica, Bandeirantes e Douradina, inclusive, reduziram a zero o número de novos enfermos.

Por outro lado, Bodoquena, Deodápolis, Eldorado e Sete Quedas estão com o número de casos estabilizados, neste período, enquanto Aral Moreira, Japorã, Selvíria e Brasilândia tiveram crescimento de infecções, no mesmo intervalo de tempo.

A Capital registrou uma queda de aproximadamente 57,6% no número de infecções diárias - passou de aproximadamente 500 para 200 casos por dia.

Ainda segundo levantamento do Campo Grande News, municípios como Antônio João (98,5% de redução), Inocência (97,7%), Anastácio (96,6%), Anastácio (96,6%), Laguna Carapã (94,9%) e Jateí (94,4%) quase  reduziram totalmente.

Desde o início da pandemia, foram 512,8 mil casos confirmados em território estadual, dos quais 496,6 mil foram recuperados, 5,6 mil estão em quarentena e 139 encontram-se internados. No entanto, 10.436 morreram, desde março de 2020. Atualmente, cerca de 39% dos leitos de terapia intensiva dedicados a pacientes adultos da covid, estão ocupados, na rede pública.