Condutores abusam da velocidade e quatis e capivaras são atropelados
De acordo com major, mesmo com proteções em volta das matas e sinalização nas vias, muitas pessoas abusam da velocidade e acabam causando acidentes que poderiam ser evitados. / Foto: Marcos Ermínio

Quatro animais silvestres foram encontrados mortos na manhã desta segunda-feira (20) em ruas de Campo Grande. As capivaras estavam ao lado do Lago do Amor, no bairro Ipiranga. Já os quatis foram encontrados no Parque dos Poderes, próximos à Sejusp (Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública).

De acordo com o major da PMA (Polícia Militar Ambiental), Edmilson Queiroz, é comum animais silvestres serem vítimas de atropelamento nas ruas da Capital. "Campo Grande tem diversas reservas florestais e fragmentos de reservas dentro de sua área urbana", explica.

"Os quatis vivem no Parque das Nações Indígenas e na Mata do Segredo. Eles também frequentam as partes de florestas das secretarias de governo no Parque dos Poderes, então estão sempre atravessando as ruas", amplia o major.

De acordo com ele, mesmo com proteções em volta das matas e sinalização nas vias, muitas pessoas abusam da velocidade e acabam causando acidentes que poderiam ser evitados.

"Às vezes o acidente é inevitável porque temos também os vários parques lineares. Nesses espaços foram preservadas as matas ciliares e brejos, com fauna bastante grande, só que nas pistas que cortam esses parques existe velocidade um pouco maior nas vias, o que aumentam as chances de atropelamentos", analisa o policial militar.

Segundo a PMA, não existem números oficiais que apontam a quantidade de animais silvestres mortos nas ruas de Campo Grande, mas "como temos essa convivência com a fauna, sempre ocorrem esses problemas", considera o major.

A saída é sempre diminuir a velocidade do veículo ao passar por áreas próximas a matas. O cuidado e atenção reduzem o número de acidentes.

Os quatis atropelados no Parque dos Poderes já foram recolhidos pela PMA e serão empalhados, segundo Queiroz. "Empalhamos e levamos às escolas, para usarmos em apresentações e oficinas em que discutimos o tema fauna com as crianças, que são futuros condutores. Falamos sobre a convivência humana com a fauna, os cuidados para evitar atropelamentos e a importância da preservação", finaliza.