Lessa foi transferido para Tremembé, em São Paulo, após 4 anos preso em Campo Grande.

Condenado pela morte de Marielle Franco, Ronnie Lessa deixa Campo Grande em avião da FAB
Condenado pela morte de Marielle Franco, Ronnie Lessa deixa Campo Grande em avião da FAB. / Foto: Caio Nogueira/TVMS Record | Reprodução BandTV

Ronnie Lessa, assassino confesso da vereadora Marielle Franco e do motorista Anderson Gomes, em 2018, deixou Campo Grande em direção ao completo penitenciário de Tremembé, em São Paulo. O ex-policial militar foi transferido na manhã desta quinta-feira (20) em um avião da FAB (Força Aérea Brasileira), que decolou da Base Aérea de Campo Grande. 

Lessa estava preso em Campo Grande desde 2020. A determinação da transferência de Lessa foi assinada no dia 07 de junho deste ano, pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF).

Segundo informações do UOL, a expectativa é de que Lessa seja alocado em uma cela isolada. O ex-policial militar deve ficar em uma área que abriga presos ameaçados de morte. 

Ainda segundo o site, a ala de Tremembé para qual Lessa deve ir é dominada pelo PCC e ele corre risco por ser miliciano. Segundo nota divulgada pelo Sindicato dos Funcionários do Sistema Prisional do Estado de São Paulo, a chegada do preso também pode causar "instabilidade" dentro da prisão.

A decisão do ministro pela transferência atende pedido da defesa de Ronnie, tendo como base os termos do acordo de delação premiada. Moraes, na mesma decisão, determinou o levantamento do sigilo do acordo de delação premiada do ex-PM.

Moraes destaca que os “benefícios previstos na colaboração premiada dependem, obviamente, da eficácia das informações prestadas, uma vez que se trata de meio de obtenção de prova, a serem analisadas durante a instrução processual penal”. O magistrado considerou que isso não impede que a transferência seja realizada de forma provisória.

Lessa fechou acordo de delação premiada, homologada pelo ministro Alexandre de Moraes, do STF, em março deste ano. O caso foi para o Supremo após suposto envolvimento de autoridade com foro privilegiado.

Marielle Franco era vereadora da cidade do Rio de Janeiro pelo PSOL, e foi morta a tiros em março de 2018. O carro em que ela estava foi atingido por 13 disparos, que também mataram o motorista Anderson Pedro Gomes e feriram uma assessora da política.

Em depoimento aos investigadores, Ronnie Lessa afirmou que os irmãos Domingos e Chiquinho Brazão seriam os mandantes do crime.