Em depoimento à Veja São Paulo, a psicanalista Regina Navarro conta que com a transformação dos modelos de relacionamentos, as pessoas estão se permitindo experimentar novas formas de amar.

Como aprender novas formas de amar (acompanhado(a) ou sozinho)
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Ela acredita que não somos monogâmicos, e isso poderia justificar muitos desejos do ser humano.

“Os dias de hoje são marcados pelo surgimento de uma ética sexual mais lúdica e recreativa. O sexo ganhou uma dimensão central, sem necessariamente resultar em compromisso, como vemos na ascensão dos aplicativos de encontro.”
Ainda segundo a especialistas,

“Não é grave desejar um par amoroso, o grave é achar que só dá pra ser feliz com um par amoroso. A condição essencial para ficar bem sozinho é o exercício da autonomia pessoal. Além de alcançar nova visão do amor e do sexo, é preciso libertar-se da dependência amorosa exclusiva e “salvadora” de alguém.”

“estou precisando me apaixonar!”, esse pensamento é que geralmente faz com que as pessoas sintam a necessidade de buscar um parceiro ou parceira. No entanto, muitas vezes, é o próprio sentimento de paixão que atrai, mais do que alimentar um amor por alguém em especial.

A forma como o amor é introduzido em nossa vida é diretamente interligada à cultura social, por isso é extremamente importante romper com o moralismo e se permitir mais quando o assunto é relacionamento. Para aqueles que buscam um relacionamento com uma grande porcentagem de liberdade, é possível fazer duas perguntas: “eu me sinto amado?” se a resposta for sim, o que o outro faz longe de você não necessariamente te diz respeito, isso, claro também vale para o parceiro.

De acordo com Navarro, “um casamento pode ser ótimo. Mas, para isso, é fundamental respeitar o jeito de ser do outro, seu comportamento e suas ideias”. A liberdade é essencial e, principalmente, não pensar em controlar a vida do outro.