Comando do DOF aposta em serviço de inteligência para combater tráfico

O novo comandante do Departamento de Operações de Fronteira (DOF), coronel Kleber Haddad Lane vai utilizar estratégias de inteligência para combater o tráfico que chega ao País pelos 1,4 mil quilômetros de fronteira de Mato Grosso do Sul com o Paraguai e a Bolívia. Ele assumiu o DOF na manhã de ontem durante solenidade na sede do órgão em Dourados.
"Vamos trabalhar com muita inteligência. Temos que aperfeiçoar sempre em equipamentos, meios de comunicação. O nosso maior desafio é bloquear os 1,4 mil km de fronteira, impedir o tráfico de drogas que está crescendo cada vez mais e combater toda a criminalidade", disse em entrevista o comandante antes da posse. Deixou o cargo o coronel Ary Carlos Barbosa.
Os pontos que exigem maior atenção na fronteira receberão atenção especial do DOF. "Vamos deslocar o efetivo para esses locais, para dar prioridade", disse Haddad, que veio de Campo Grande e durante sua carreira na Polícia Militar já ocupou diversas funções, entre elas a de comandante de diversos batalhões da Capital, em Coxim e de coordenador de Segurança Institucional na Governadoria. Também já atuou no DOF, como chefe da equipe nos anos de 2003 e 20014 e Gerente de Inteligência na Agência Estadual de Administração do Sistema Penitenciário (Agepen).
Ao se despedir da tropa do DOF que comandou desde janeiro de 2015, Ary Carlos Barbosa disse que está com o "dever cumprido". Durante a gestão dele, o Departamento retirou de circulação mais de 120 toneladas de drogas, aproximadamente 1,5 milhão de pacotes de cigarros contrabandeados do Paraguai, recuperou 335 veículos (produtos de roubo ou furto), apreendeu 150 armas de fogo e mais de 7mil munições, além de ter realizado a prisão de mais de 1,6 mil infratores, principalmente pelo crime de tráfico de drogas.
O secretário de justiça e segurança pública, José Carlos Barbosa, durante solenidade de troca de comando, destacou a importância do DOF não apenas para Mato Grosso do Sul, como ao País. "É uma polícia especializada de referência nacional e internacional", elogiou o secretário, acrescentando que o reconhecimento se dá pelos números do resultados dos trabalhos dos policiais, que chamam a atenção de órgãos de segurança pública. "Por isso sempre repito, proteger a fronteira sul-mato-grossense é proteger o País", disse o secretário, que voltou a cobrar mais participação do Governo Federal na proteção da fronteira com Paraguai e Bolívia.
O secretário chamou a atenção para o grande número de detentos por tráfico no Estado. Dos 15,5 mil presos atualmente, pelo menos 6 mil cumprem pena por tráfico. Grande parte da droga que entra no Brasil vem de países vizinhos com Mato Grosso do Sul.
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