Atualmente o município possui 64 vagas na rede de saúde que atende a alta complexidade. Desses, são 15 habilitados para atendimento em hospitais particulares, ou seja, que são pagos via SUS.

Com receio de terceira onda, Saúde vai manter estrutura de leitos para UTI Covid-19

A Sems (Secretaria Municipal de Saúde) de Dourados não pretende, pelo menos até agosto, segundo a primeira estimativa, desativar os leitos de UTI (Unidade de Terapia Intensiva) Covid do SUS (Sistema Único de Saúde) que foram habilitados na rede privada.

Atualmente o município possui 64 vagas na rede de saúde que atende a alta complexidade. Desses, são 15 habilitados para atendimento em hospitais particulares, ou seja, que são pagos via SUS.

A distribuição dos leitos ativos nesse momento se dá da seguinte forma: são 20 no Hospital da Vida, 30 no HU-UFGD (Hospital Universitário da Universidade Federal da Grande Dourados), 10 no Hospital Evangélico e 5 no Hospital Santa Rita. 

Conforme o secretário municipal de saúde de Dourados, Waldno Lucena, ainda não há uma definição sobre a desativação, ao menos dos leitos habilitados na rede privada, mesmo em meio a um cenário de estabilidade da pandemia de coronavírus que foi o que motivou a abertura de novos leitos de UTI.

“Existe um temor por uma possível terceira onda, tanto que a gente não desfez desses leitos de UTI complementares ao SUS na rede privada. Ficamos com uma certa insegurança, porque observamos essa questão de nova onda em alguns lugares. Acreditamos muito no nosso avanço com relação à vacina. Mato Grosso do Sul está numa situação privilegiada, temos a possibilidade de sermos o primeiro Estado do país a encerrar a vacinação. Acredito que pelo menos até o próximo mês seja o nosso termômetro de verdade em relação às UTIs. Acho que se passar essa situação estável mais esse mês, aí podemos começar a retirar um pouco dos leitos da rede privada”, explicou.

Dourados atende a uma macrorregião de 33 municípios e também a demanda de outras localidades, acionadas em meio a pandemia via Central de Regulação Estadual.

Por conta dessa demanda, foi necessária a ativação de mais leitos na estrutura pública e também privada, em meio aos picos de número de casos e pacientes que necessitavam de UTI.

Conforme o boletim de ontem (5) divulgado diariamente pelo Comitê de Gerenciamento da Covid-19, um total de 15 leitos estão disponíveis na rede municipal, cenário que tem se repetido nas últimas semanas, após o lockdown que durou 14 dias e se encerrou em 12 de Junho.

Ainda assim e mesmo com o avanço da vacinação, o secretário municipal de saúde destacou a necessidade da manutenção e cuidado redobrado com os cuidados para contenção da disseminação da Covid-19, justamente para evitar uma terceira onda.

“Estamos fazendo de tudo para vacinarmos o mais rápido possível, ampliando a atenção básica de saúde e fortalecer a testagem. E o que esperamos em contrapartida da população é que se segure nas aglomerações, da ideia do ‘liberou geral’. As pessoas podem retomar uma rotina com mais flexibilidade nas atividades, não é uma questão propriamente de ficar confinado em casa. É só não ter os extremos. Porque corremos o risco de uma terceira onda que pode acontecer, há o risco sempre”, finalizou Lucena.