Média nacional é de 15% e pandemia de Covid-19 foi a principal causa para a queda das porcentagens.

Com apenas 7% da previsão, MS está abaixo da média nacional de cirurgias eletivas realizadas em 2021

Mato Grosso do Sul realizou apenas 7% das cirurgias eletivas previstas para 2021, ficando abaixo da média nacional de 15%. De acordo com o secretário estadual de saúde, Geraldo Resende o percentual é reflexo direto da suspensão das cirurgias não emergenciais por conta da pandemia de Covid-19. Há três meses, as cirurgias eletivas em MS voltaram a ser autorizadas, em decreto publicado no dia 21 de julho. Agora, o Estado busca correr atrás do prejuízo nos últimos dois meses do ano e espera apoio dos municípios.

O motivo do retorno das cirurgias não emergenciais foi o avanço da vacinação contra a Covid-19. As cirurgias com maiores demandas são cirurgias gerais, de traumas, procedimentos ortopédicos e cardíacos. “Temos os meses de novembro e dezembro para a gente poder verificar como fazê-las, estamos fazendo todo empenho para os municípios cumprirem as metas compactuadas com a Secretaria de Saúde do Estado e o Ministério da Saúde”, afirma o secretário estadual de saúde, Geraldo Resende.

Segundo o secretário, mesmo após o Ministério da Saúde suspender o cumprimento das metas para as cirurgias eletivas, o Estado permanecerá cobrando dos municípios. “Apesar da definição do Ministério da Saúde que não vai cobrar as metas, nós vamos cobrar as metas, mesmo porque para a gente não retardar o Programa Examina e o Programa Opera MS”, explica o secretário.

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Josefa Avalino, de 56 anos, aguarda para realizar uma cirurgia de artroplastia de quadril, procedimento que substitui a articulação lesionada por uma prótese. Diagnosticada há cinco anos com coxartrose, também conhecida como artrose no quadril, a senhora vive com as dores constantes e com as consequências do desgaste na região, visto que até seu joelho já está sendo afetado pelo peso mal distribuído. Para poder se movimentar, a mulher precisa utilizar bengalas no momento.

Diariamente Avalina precisa tomar cinco remédios para controlar as dores. “Tem dias que eu não consigo me movimentar, preciso de ajuda até para ir ao banheiro”, relata a mulher. “É o sonho de todo mundo andar bem, sem sentir dor. Eu sinto muita dor”, completa.