“Teve conta que aumentou de uma média de R$ 600 para R$ 16mil. Outra veio R$ 79 mil e admitiram erro no faturamento, mas não admitiram equívoco em conta que variou de R$ 500 para R$ 1mil. Jogaram culpa no calor feito nos últimos dias”, afirmou Salomão.

 Com 5 mil queixas e conta de luz que saltou de R$ 600 para R$ 16 mil, Procon pede apoio na ALMS

O superintendente estadual do Procon (Superintendência para Orientação e Defesa do Consumidor), Marcelo Salomão, ocupou a tribuna na Assembleia Legislativa, durante sessão nesta quinta-feira (14), para solicitar da Casa apoio na apuração dos elevados números de reclamação contra aumentos abusivos nas contas de energia elétrica de todo Estado.

“Teve conta que aumentou de uma média de R$ 600 para R$ 16mil. Outra veio R$ 79 mil e admitiram erro no faturamento, mas não admitiram equívoco em conta que variou de R$ 500 para R$ 1mil. Jogaram culpa no calor feito nos últimos dias”, afirmou Salomão.

O superintendente revelou que o Procon registrou, em apenas dois meses, pelo menos cinco mil reclamações de usuários de todo Mato Grosso do Sul de aumentos significativos nas contas de energia elétrica.

“As linhas de transmissão são velhas. Cidades do interior ficam horas sem energia. Somos um país do monopólio, em que rasgam o Código de Defesa do Consumidor. É uma luta de gigantes e precisamos da ajuda de vocês deputados”, pediu o superintendente, que defende um debate técnico, com participação da Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica) e de toda sociedade.

Salomão usou a tribuna atendendo pedido feito à Mesa pelo deputado Cabo Almi (PT), que prometeu auxiliar na solicitação.

“Como cidadão nos sentimos sem ter o que fazer. Aqui já fizemos CPI, inúmeras reuniões, mas precisamos que a Energisa aja e pare de pôr a culpa no consumidor. O Procon reforçou a necessidade de achar soluções práticas com urgência”, declarou o petista.

Atendimento bancário
Ainda em sua fala na Assembleia, o superintende do Procon revelou que das 29 agências fiscalizadas em Mato Grosso do Sul, 18 foram autuadas por desrespeitarem a lei que estabelece tempo máximo de 15 minutos para atendimento ao cliente.

“Tem agências que sequer tem um banheiro ao consumidor, sequer uma máquina de senhas, sequer respeitam ainda o atendimento preferencial. A multa foi aplicada, mas mesmo assim não garante o respeito aos consumidores. A demanda e a luta são árduas. No interior há filas sob sol e chuva em lotéricas. Precisamos rever essas situações e cobrar mais do que respostas vazias”, finalizou Marcelo Salomão.