Cenário é de lixo e falta de iluminação em área por onde passa o córrego Portinho Pache

Cobiçada para invasão, área verde tem abandono e moradores pedem praça

Alvo de tentativa de invasão, a área de preservação na avenida Rita Vieira tem lixo, trilha para facilitar o ingresso onde a vegetação se adensa, ocultando o uso de drogas, além de marcas de outras investidas de ocupação de terreno público.

Para os moradores, o cenário mudaria se o espaço recebesse ações de urbanização da prefeitura de Campo Grande. Como parâmetro, citam a praça Itanhangá, que é cercada, recebeu infraestrutura e é referência para quem quer aproveitar área verde.

Na rua Luiz Charbel, o trecho que margeia a reserva não tem iluminação pública, apesar de ser linha do transporte coletivo urbano. Nesta terça-feira (dia 10), uma obra de meio-fio era executada. “À noite é terrível. As pessoas têm medo de passar por aqui”, afirma Ivan Pereira Lima, 64 anos, que mora no Jardim Mansur há 6 anos. 

Ele relata que conhece a região há muitas décadas. Antes de ser bairro, o local era uma fazenda da família Pache, sobrenome presente em vária placas que nomeia as ruas. “A reserva é uma preocupação para os moradores do bairro. Tem casas boas, mas falta essa infraestrutura”, diz.

Moradora no bairro há cinco anos, a aposentada Maragareth Gonçalves, 56 anos, conta que foi organizado um abaixo-assinado. O documento foi enviado ao vereador Wellington Oliveira (PSDB), o delegado Wellington, com pedido que interceda junto ao Poder Executivo.

A expectativa é que o local seja limpo, cercado e receba uma praça. Por medida de segurança, os moradores têm um grupo de WhatsApp, onde correu o alerta da tentativa de invasão.

No extenso terreno, passa o córrego Portinho Pache, que faz parte da microbacia hidrográfica do Bandeira. No local, há uma casa, apontada como irregular.

Segundo Elisabete Lurges Duarte, 58 anos, ela mora no imóvel há 20 anos por meio de comodato. “Nunca tive problema com ninguém”, diz.

O vereador afirma que fez contato com a Funesp (Fundação Municipal de Esportes) sobre a possibilidade de uma pista de caminhada e instalação de uma academia ao ar livre. Contudo, não há prazo, pois são necessários verba e projeto.

“Estamos conversando para ver como alinhar isso. A população tem que se apoderar do local, para ser de utilização comunitária e manter longe a criminalidade. Está meio que largado”, afirma

A reportagem solicitou à prefeitura informações se há projeto de urbanização para o local e aguarda resposta.