Chuva atrapalha ações de combate ao Aedes e casos de dengue se espalham

A chuva não está atrapalhando apenas os serviços de tapa-buraco ou infraestrutura, mas também as ações de combate ao mosquito Aedes aegypti, que estão sendo realizadas de forma emergencial durante a última semana. O fumace e a visita aos imóveis estão paralisados durante o mau tempo e só devem ser retomados quando a chuva parar. Bom para o mosquito né, que aproveita a situação, com água parada para todos lados, e faz cada vez mais vítimas.

O primeiro boletim epidemiológico de 2016, divulgado nesta quarta-feira (13) pela SES (Secretaria de Saúde do Estado) aponta 1.785 novos casos suspeitos de dengue entre os dias 3 e 9 de janeiro, e um óbito. A vítima era uma menina de 8 anos, que estava internada na UPA (Unidade de Pronto Atendimento) Vila Almeida com dengue clássica, segundo a Prefeitura. Ela morreu na madrugada desta terça-feira (12), depois de sofrer uma parada respiratória.

A operadora comercial, Dayane da Silva, de 35 anos, também passou por momentos de aflição e desespero com a filha de 10 anos. A menina precisou ficar internada por quase 12 horas na UPA do Universitário e os médicos ainda não conseguiram dar um diagnóstico preciso para a paciente. “Ela fez exames de sangue, mas o resultado foi confuso, segundo o médico. Eles pediram para eu fazer novamente, porque ainda não conseguem precisar se é dengue ou chikungunya”, explicou.

A família mora no bairro Maria Aparecida Pedrossian, onde de acordo com a moradora, o fumace nunca passou e as visitas aos imóveis também não acontecem. “Pelo menos não que eu tenha visto”, afirmou, ao destacar que o bairro tem vários focos do mosquito e a infestação é bastante significativa. A Prefeitura ainda não divulgou o mapa de infestação atualizado.

Ainda conforme o boletim, apenas quatro cidades começaram o ano com alta incidência da doença, sendo Caracol, Nioaque, Bonito e Coxim, e outras nove com média incidência. 2015 terminou com 74 municípios em alerta vermelho, 46.070 casos suspeitos de dengue, 17 mortes confirmadas e 2 em investigação.

Quanto a chikungunya, não há registros da doença em 2016. Em 2015 foram 175 notificados, oito confirmados e 105 descartados. Ainda não há registros de óbitos ligados a doença.