Os três acervos que funcionam na cidade são responsáveis por preservar a história, ajudar pesquisadores e contribuir na educação.

#CG122: Livros, documentos e histórias, acervos guardam a identidade de Campo Grande

As ruas de Campo Grande contam histórias. A cada esquina, ponto turístico, casa, praça ou escola, existe uma narrativa que perpetua gerações de moradores que transitam pelos espaços e são afetados por essa linha do tempo interminável chamada vida. E em meio a tantas mudanças e evoluções, os acervos têm a importante função de guardar a história para preservar a identidade campo-grandense.

No especial #CG122 desta terça-feira (10), o Jornal Midiamax percorreu os três acervos que funcionam em Campo Grande. Neles, pilhas e pilhas de documentos, livros e fotos de suma riqueza para a história de Mato Grosso do Sul, especialmente sua Capital. Por vezes esquecidos aos olhos da população, trouxemos hoje como funciona o trabalho dos acervos históricos e, claro, o mais importante: o que tem dentro deles. 

Instituto Histórico e Geográfico de Mato Grosso do Sul
O Instituto Histórico e Geográfico de Mato Grosso do Sul (IHGMS) é uma instituição privada que funciona à base do trabalho voluntário de associados. Fundado no dia 6 de março de 1978 por José Barbosa Rodrigues, Acyr Vaz Guimarães, Otávio Gonçalves Gomes e Paulo Coelho Machado - que foi o grande idealizador - o Instituto vem da Academia Sul-Mato-Grossense de Letras, uma vez que foi criado um ano depois da divisão e criação do Estado de MS, em 1977. Desde então, tem o objetivo de preservar a cultura, memória, história, meio ambiente, turismo, geografia e tudo que está relacionado ao patrimônio cultural de Mato Grosso do Sul.

“É uma questão de firmar a identidade e de firmar uma posição dentro desse processo que foi o processo divisionista. Estudar uma história que o sul já tinha antes mesmo de já ter um Estado”, disse Maria Madalena Dib Mereb Greco, atual presidente do IHGMS. Historiadora e especialista em história regional, ela atua no local há 11 anos e assumiu a presidência na gestão de 2021/2022.

São  29 associados atuando efetivamente. Além disso, existem os associados eméritos e os honorários compondo os cargos. Dentre eles, atuam como voluntários advogados, médicos, arquitetos, historiadores, geógrafos, professores, arqueólogos e várias outras profissões. Lá, cada um é responsável por um “patrono”, ou seja, uma personalidade que tem relevância histórica para o Estado.

“São pessoas que têm suas ocupações cotidianas, nem todas estão aposentadas, mas ainda são atuantes e quando a gente precisa, a gente chama e todos comparecem”, diz Madalena.