Durante o ano de 2016, em Dourados, registrou-se uma queda dos preços da Cesta Básica de 6,94%
O valor da Cesta Básica do mês de dezembro, comparado com o mês anterior, apresentou uma queda de 1,55% em Dourados, constata a pesquisa realizada pelos acadêmicos do curso de Ciências Econômicas da Faculdade de Administração, Ciências Contábeis e Economia (FACE) da Universidade Federal da Grande Dourados (UFGD) realizada na última semana de outubro.
Os produtos que compõem a Cesta Básica conforme o Dieese (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos) de acordo com a Lei Nº 399 que estabelece o salário mínimo são: açúcar, arroz, banana, batata, café, carne, farinha de trigo, feijão, leite, margarina, óleo de soja, pão-francês e tomate.
Os preços da cesta básica de novembro/2016 com estes produtos ficaram em R$ 357,00 o que significa 40,57% do salário mínimo que foi de R$ 880,00. E no último mês de 2016, o trabalhador douradense teve que destinar uma quantia um pouco inferior a isso para a compra dos produtos componentes da cesta básica que foi de R$ 351,47 o que equivale a 39,89% do salário mínimo vigente.
E durante o ano de 2016, em Dourados, registrou-se uma queda dos preços da Cesta Básica de 6,94%. Assim, em Janeiro/2016 a Cesta douradense estava em R$ 377,69 e no último mês do ano esta custava somente R$ 351,47. Mas no decorrer do ano, especificamente em Junho atingiu o seu pico com R$ 413,45; e a mínima dos preços da Cesta do nosso município foi registrada em dezembro.
Já nas capitais estaduais do país, no ano de 2016, o valor acumulado da cesta básica aumentou, conforme aponta os dados do Dieese que realiza mensalmente a Pesquisa Nacional da Cesta Básica de Alimentos. Desta maneira, as maiores altas do ano foram registradas em Rio Branco com 23,63%, Maceió 20,69% e Belém 16,70%. E as menores variações ocorreram em Recife com 4,23%, Curitiba 4,61%, São Paulo 4,96% e Campo Grande 5,04%.
E no último mês do ano, no país, o maior custo da cesta básica foi registrado em Porto Alegre com R$ 459,02 pelo quarto mês seguido; já na capital catarinense, Florianópolis, foi a segunda capital mais cara com R$ 453,80. E a terceira capital onde a cesta esteve mais elevada foi em Rio de Janeiro com R$ 443,75.
Os menores preços médios foram verificados em Natal com R$ 351,96; em Aracajú R$ 349,68 e com o menor preço da Cesta Básica do país no mês de Dezembro foi registrada na capital do Estado de Pernambuco, Recife, com R$ 347,96; sendo que esta é a segunda vez consecutiva que pratica o menor preço da Cesta no país. Observa-se que os menores preços foram praticados nas capitais da Região Nordeste do país.
Comparado com a capital do Estado de Mato Grosso do Sul, Campo Grande, onde o preço da sua Cesta foi de R$ 408,06, portanto, maior que a de Dourados, mas, a Cesta Básica douradense superou aos preços praticados em 2 capitais estaduais do país. Estas capitais, cujo preço da cesta foram menores que Dourados registraram-se em Recife e Aracajú.
A partir da Constituição Federal de 1988 o trabalhador brasileiro deve trabalhar 220 horas mensais, com isso, no mês de novembro/2016, um trabalhador douradense para pagar a cesta básica tinha de trabalhar 89 horas e 15 minutos. No mês seguinte, Dezembro/2016 este mesmo trabalhador precisou de um tempo inferior para comprar alimentos que foi de 87 horas e 52 minutos, isto representou um aumento do poder de compra do salário se comparado com o mês de Novembro/2016. Esse ganho ocorreu devido à queda dos preços da Cesta Básica no mês de dezembro.
Dos 13 produtos que compõem a Cesta Básica, em Dourados, 7 apresentaram uma elevação de preços no mês de dezembro. O produto que teve a maior elevação do mês foi o óleo com 9,48%. Os outros produtos que aumentaram de preços foram: a margarina com 7,70%; farinha de trigo com 7,05% de elevação do seu preço. Assim como o açúcar com 6,07%; pão-francês 5,18%; carne 2,61% e café com uma elevação de 2,57% do seu preço.
E os produtos que compõem a Cesta Básica, mas diminuíram de preços no mês de Dezembro foram: a batata com 28,80% sendo este com a maior queda e pelo segundo mês seguido; o feijão com 9,38%; o leite que pelo quarto mês seguido diminuiu de preços com 9,27%; banana 8,68%; o tomate com 3,90% pela segunda vez seguida e o arroz com 0,38 de queda.
Apesar da queda dos preços pelo terceiro mês seguido, continuamos com a nossa sugestão aos consumidores douradenses de que vale a pena a pesquisa nos diversos supermercados. Apresentamos a diferença de preços entre o supermercado que praticou o preço mais elevado que chegou a R$ 399,26 e o menor com 269,20 Reais com os mesmos produtos; isto representa uma diferença de R$ 130,06, ou seja, 48,31% menor, um ganho que consideramos compensa o sacrifício de percorrer vários estabelecimentos. Outra sugestão que fazemos é a de verificar também os levantamentos realizados pelo PROCON do nosso município, porque o método adotado por esta instituição é a de comparar os preços praticados por cada estabelecimento e dar a publicidade esta pesquisa.
Conforme o Dieese, e levando em consideração a determinação da Constituição Nacional que estabelece que o salário mínimo deve ser suficiente para cobrir as despesas do trabalhador brasileiro e de sua família com alimentação, moradia, saúde, educação, vestuário, higiene, transporte, lazer e previdência, o DIEESE estima mensalmente o valor do salário mínimo necessário. Dessa maneira, em dezembro de 2016, o salário mínimo necessário para a manutenção de uma família de quatro pessoas deveria equivaler a R$ 3.856,23, isso significa 4,38 vezes mais do que o mínimo vigente que é de R$ 880,00. Constatamos que em Novembro o salário mínimo necessário estava em 3.940,41 que representava 4,48 vezes do salário praticado naquele mês. Mais um indicador de que houve um ganho dos trabalhadores no mês de Dezembro.
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